Porque você deve reconectar-se com as pessoas que conheceu durante sua missão?

A missão é um tempo maravilhoso – e uma das razões disso é a de que conhecemos pessoas muito especiais – membros da Igreja, pesquisadores, outros missionários, líderes da missão, etc. Essas pessoas se tornam muito significativas para nós – e nós nos tornamos parte da história de vida delas.

O Presidente Gordon B. Hinckley disse: “Vocês, missionários, também têm parte da responsabilidade de fazer com que seus conversos fiquem firmes na Igreja. Talvez não possam continuar a visitá-los. Mas podem escrever-lhes ocasionalmente e dar-lhes incentivo. (…) Quando voltarem para casa, não se esqueçam de seus conversos. Vivam sempre à altura da confiança que eles depositaram em vocês. Escrevam para eles de vez em quando para expressar-lhes seu amor”. (A Liahona, julho de 1999, p. 123)

Pela citação do profeta fica claro que é responsabilidade do missionário, ou do missionário retornado, fazer o máximo para que os conversos fiquem firmes na Igreja – e escrever-lhes de vez em quando é uma das maneiras de fazer isso. Outra maneira é viver à altura da confiança que eles tiveram no missionário.

Pela minha própria experiência vejo que, depois da missão, manter contato com os conversos ajuda o missionário retornado. Os sentimentos e experiências da missão voltam à mente ao ao coração com grande intensidade, e ajudam a lidar com as tentações e dificuldades do dia-a-dia, especialmente quando você vê a fé das pessoas que você ensinou, ao esforçarem-se por guardar os mandamentos.

Experiências como ver um jovem que você ensinou entrando no CTM, um casal se selando no Templo e um companheiro da missão tendo filhos e criando-os nos caminhos do Senhor enchem a vida de alegria.

Visitar o local de sua missão, depois de alguns anos é uma experiência muito significativa, e uma das melhores maneiras de nos “reconectarmos” com nossas missões. Talvez você se surpreenda, em sua viagem, ao constatar que as pessoas lembram de você com grande carinho. Talvez note que alguns jovens se espelharam em você para decidirem que eles seriam grandes missionários. Talvez também perceba que algumas de suas mensagens corriqueiras e simples se tornaram base para decisões importantes na vida das pessoas que você teve contato naqueles poucos meses de serviço de tempo integral.

Outra maneira de se “reconectar” a sua missão é participando de encontros de ex-missionários. Normalmente nessas ocasiões você pode encontrar pessoas que serviram contigo na sua missão, inclusive seu presidente de missão e a esposa dele. É uma das oportunidades mais marcantes para relembrar aqueles 18 ou 24 meses de serviço ao Senhor e “reconectar-se” as pessoas que estavam contigo em sua missão.

As redes sociais aumentaram incomensuravelmente as possibilidades de encontrar e manter contato com as pessoas que conhecemos na missão, possibilitando que nos “reconectemos” com mais facilidade. O missionário retornado pode procurar as pessoas que ministrou no passado e, ao encontrá-las, iniciar uma boa conversa procurando saber como estão e quais seus anseios.

Se o missionário retornado não estiver a altura das expectativas de seus conversos, surge a oportunidade imediata de arrependimento e de aplicação dos ensinamentos de Jesus Cristo que ajudam-nos a nos livrarmos do pecado e do mal. O mesmo vale para as pessoas que o missionário retornado encontrou durante a missão: elas podem ser persuadidas, mesmo em uma conversa informal pelas redes sociais, a voltarem-se ainda mais ao Senhor, quando se “reconectarem”.

Grandes experiências podem estar aguardando você ao “reconectar-se” com pessoas que você conheceu durante seu serviço missionário. De fato, um dia, poderemos até dizer o mesmo que Alma, um dos maiores missionários do Livro de Mórmon disse: “Sim, e agora eis que (…) o Senhor me concede imensa alegria com o fruto de meus labores. Pois por causa da palavra que me transmitiu, eis que muitos nasceram de Deus e experimentaram, como eu experimentei, e viram olho a olho, como eu vi; portanto, conhecem, como eu conheço, as coisas sobre as quais falei; e o conhecimento que possuo é de Deus.” (Alma 36:26)