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6 Atributos que devo procurar num Candidato Político

O Senhor permitiu que nascêssemos em um país livre e em uma época em que podemos escolher nossos representantes no Governo. Ao exercermos nosso direito de voto, todos reconhecemos que precisamos ser conscientes e escolher os melhores políticos. Entretanto, o que faz um político ser bom?

Quando reconhecemos a importância dos cargos públicos eletivos e o poder de nosso voto, tendemos a buscar políticos perfeitos ou a ter uma atitude cética supondo que nenhum político é adequado. Tanto uma posição quanto outro é extrema – e deve ser evitada. Nossa busca por políticos ideais será frustrada cedo ou tarde, pois todos (eles e nós) são imperfeitos. Mas não precisamos cair no pessimismo e achar que ninguém é digno de ocupar um cargo publico no Governo. Há bons políticos, ainda que nem sempre isso seja evidente.

Separamos em uma lista alguns atributos que podem indicar um bom político. Confira:

  1. Virtù – Todo aquele que se propõem a fazer política precisa da habilidade de um político. Assim como um escultor precisa de talento e treinamento para esculpir uma linda obra de arte, o político precisa de “virtù” para exercer bem seu papel. Esse termo significa a capacidade do político conduzir adequadamente as questões pertinentes a seu cargo publico. “O governante com grande Virtù constrói uma estratégia eficaz de governo capaz de sobrestar as dificuldades impostas pela imprevisibilidade da história. (…) A virtú seria uma forma de manter a paz e estabilidade do [governo].” [1]
  2. Honestidade – Essa é uma das características mais importantes – e talvez mais difíceis de se achar! O Senhor disse que devemos “procurar diligentemente homens honestos e homens sábios; e homens bons e homens sábios devereis apoiar; pois o que for menos do que isto provém do mal.” (D&C 98:10, itálicos adicionados). “Ter honestidade é ser sincero, verdadeiro e sem dolo” [2]. Hoje, mais do que nunca, é possivel verificar a biografia do político – e verificar se ele cumpre o que prometeu. Devemos “procurar diligentemente”, como disse o Senhor, até acharmos honestidade.
  3. Ética – um político ético é um político integro, prudente, correto e digno de confiança. Ele respeita as pessoas, mesmo as que não os respeitam. Ele mantem uma posição firme, mas é é cortês. Ele não quebra a lei, e evita extremos.
  4. Propostas – as promessas dos políticos são propostas para melhorar a condição e vida social. Elas são um indicativo da “virtù” que mencionamentos acima. Mais importante do que ouvir belas promessas é verificar se o político terá capacidade e meios de cumpri-las – e se já prometeu e cumpriu algo no passado.
  5. Sabedoria – Mencionamos acima D&C 98:10. Lá, além de honestidade, o Senhor indica o atributo da “sabedoria”. É preciso procurar políticos sábios. Sabedoria é mais do que acumulo de informações – significa conehcimento colocado em prática para o bem. Um político sábio é equilibrado, sensato e determinado. Ele sabe quando e como agir. Nós temos váriso exemplos nas escrituras de políticos sábios: Alma, Salomão, Josias, Nefia, Laconeu, Joseph Smith, Brigham Young, etc. Estudar o exemplo desses e de outros homens é importante para aprendermos a ser sábios e também identificar a sabedoria naqueles que se propõem a nos representar no governo.
  6. Crença em Deus – Este talvez seja o ponto mais delicado, pois muitos hoje em dia dizem que a crença de uma pessoa não deve influenciar a política. Recusamos tal afirmação, sabendo, contudo, que não podemos forçar ninguém a acreditar – e nem podemos impor nosso estilo de vida aos demais (Regras de Fé 11). O Elder Dallin H. Oaks disse: “Muitos dos mais importantes avanços morais da sociedade ocidental foram motivados por princípios religiosos e sua adoção oficial foi persuadida pela pregação nos púlpitos. Alguns exemplos incluem a abolição do comércio de escravos na Inglaterra e a proclamação da emancipação nos Estados Unidos. O mesmo se aplica para o movimento dos direitos civis da última metade do século” [3]. O Élder Wilford W. Andersen, dos Setenta, falando sobre a relação do Governo e da Religião, disse: “O historiador e estadista francês Alexis de Tocqueville escreveu: “O despotismo pode governar sem a fé, mas a liberdade não consegue fazê-lo”. E até o despotismo não consegue governar indefinidamente sem a fé. Pois, como Boris Yeltsin, ex-presidente da Federação Russa, observou: “É possível construir um trono com baionetas, mas é difícil sentar-se nele (…) O bom governo [e por extensão, o bom governante] não precisa ser parcial. Não deve promover nem favorecer uma religião em detrimento de outra. Seus representantes precisam ser livres para acreditar e praticar de acordo os ditames de sua própria consciência. De modo semelhante, a boa religião não deve nem endossar, nem combater qualquer partido ou candidato político. E seus seguidores devem ser livres e até incentivados a participar do processo político e apoiar o partido ou candidato que considerarem melhor, seja qual for. [4]

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NOTAS

[1] Rubin Assis da Silveira Souza, “Virtù e Fortuna em Maquiavel a partir da obra ‘O Príncipe'”, JusNavegandi.

[2] “Honestidade”, Guia de Estudo para as Escrituras.

[3] Dallin H. Oaks, “Strengthening the Free Exercise of Religion”, discurso proferido no The Becket Fund for Religious Liberty Canterbury Medal Dinner, na cidade de Nova York, em 16 de maio de 2013, p. 1; disponível emmormonnewsroom.org.

[4] “Religião e Governo“, A Liahona, Julho de 2015

 

 

| Para refletir
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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