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Em que os Mórmons acreditam? – parte 2

mórmons

Leia a parte 1 aqui.

Qual é a duração da vida?

O homem é um ser eterno. Viveu antes de vir à Terra, como indivíduo de substância espiritual. Wordsworth, poeta inglês, expressou esta grande verdade, quando escreveu esses versos imortais:

Nascer nada mais é do que um sono e esquecimento.
A alma que surge conosco, estrela de nossa vida,
Teve seu cenário alhures,
E surge da distância.
Não em completo olvido,
Não em total nudez,
Mas em caminhando por nuvens de glória
Viemos de Deus, que é nosso lar.
(Citado em Familiar Quotations, de Barlett, 14ª ed. p. 513b.)

A vida sobre a terra, em um corpo mortal, nada mais é que mais um passo na marcha grandiosa e eterna. Aqui temos oportunidade de passar por experiências, aperfeiçoar-nos e crescer. E, com base naquilo que cremos e realizamos, continuaremos a viver e a crescer na vida além-túmulo.

Na existência futura, não seremos arbitrariamente divididos em dois grupos fixos – habitantes do céu e do inferno. Jesus afirmou: “Na casa de meu Pai há muitas moradas” (João 14:2, grifo nosso). Haverá vários graus ou estágios. Haverá atividades e aprendizagem. Conhecer-nos-emos uns aos outros lá como nos conhecemos aqui. Nossa individualidade será conservada.

“Qualquer princípio de inteligência que alcançarmos nesta vida, surgirá conosco na ressurreição” (D%C 130:18). “A glória de Deus é inteligência” (D&C 93:36). Estas são afirmações mórmons. A vida tem propósito. É pregressiva. Leva à Divindade.

Não existe reencarnação, Nirvana, céu estático, nem inferno em chamas ardentes na filosofia mórmon. O céu está no desenvolvimento conseguido através de aperfeiçoamento e realizações. É o lugar reservado àqueles que alcançarem esse objetivo, obedecendo aos mandamentos de Deus.

Sacerdócio

O sacerdócio no mormonismo tem, de certa forma, o mesmo significado que lhe é atribuido por outras igrejas – autoridade para agir em nome de Deus. Mas, entre os santos dos últimos dias, não fica restrito a alguns poucos instruídos em seminários e universidades.

Todo homem e rapaz, acima de doze anos de idade, pode receber o sacerdócio, desde que viva em harmonia com os padrões da Igreja.

Há duas ordens no sacerdócio – o Aarônico e o de Melquisedeque. O Aarônico está relacionado aos assuntos temporais da Igreja. O de Melquisedeque, que é uma ordem mais alta, trata principalmente de questões espirituais.

Em cada uma dessas ordens, existem vários graus – diácono, mestre e sacerdote, no Aarônico; élder, setenta e sumo sacerdote, no de Melquisedeque. Os meninos são ordenados diáconos aos doze anos, desde que vivam segundo os princípios do evangelho. À medida que avançam em idade são ordenados aos vários ofícios, dependendo de seu crescimento e progresso espiritual.

Cada ofício traz consigo responsabilidade e poderes particulares. Entre estes a autoridade para batizar, administrar o sacramento, presidir vários grupos e, em última instância, presidir a própria Igreja.

Embora esse sacerdócio encerre a autoridade para governar a Igreja e seus membros em atividades religiosas, a maneira de exercê-lo é definitivamente circunscrita. A lei da Igreja, que cremos divinamente proferida, diz: “Nenhum poder ou influência pode ou deve ser mantido em virtude do sacerdócio, a não ser com persuasão, com longanimidade, com brandura e mansidão e com amor não fingido; com bondade e conhecimento puro, que grandemente expandirão a alma, sem hipocrisia e sem dolo” (D&C 121:41-42).

Revelação

Um princípio fundamental na teologia mórmon é o da revelação moderna. “Cremos em tudo o que Deus tem revelado, em tudo o que Ele revela agora, e cremos que Ele ainda revelará muitas grandes e importantes coisas” (9ª Regra de Fé). Esta é a declaração oficial da doutrina. Cristãos e judeus geralmente afirmam que Deus Se revelou a homens escolhidos e os dirigiu nos tempos antigos. Os mórmons declaram que a necessidade de orientação divina é tão grande em nosso mundo moderno e complexo, quanto foi nos tempos comparativamente simples dos hebreus ou ainda maior. As verdade fundamentais estabelecidas em Novo e Velho Testamentos são tão obrigatórios nos dias de hoje, quanto foram na época de seu pronunciamento. Entretanto, a vida cotidiana nos apresenta problemas desconhecidos séculos atrás. Além disso, alguns ensinamentos da Bíblia têm sido interpretadosde forma tão diferente, em vista da falta de clareza do registro que muita gente séria não sabe em que acreditar.

Se Deus falava antigamente, não é razoável crer que Ele possa falar agora? Pensaria em negar a Deus o direito de Se expressar?

Essencialmente, o mormonismo afirma ser uma revelação moderna de princípios antigos, divinamente proferidos em nossos dias, com nova ênfase e inteireza.

Próximo post: “E quanto à Bíblia?” e muito mais.

| Para refletir

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