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4 Refutações à Reencarnação no Evangelho de Cristo

Primeiramente é preciso dizer que os membros da Igreja de Jesus Cristo não acreditam na reencarnação, mas respeitam as pessoas que creem nesta doutrina. De fato, uma de nossas Regras de Fé preceitua que “pretendemos o privilégio de adorar a Deus Todo-Poderoso de acordo com os ditames de nossa própria consciência; e concedemos a todos os homens o mesmo privilégio, deixando-os adorar como, onde, ou o que desejarem.” [1]

O respeito e consideração que temos pelas pessoas e suas crenças, todavia, não nos impede de proclamar a verdade do Evangelho. De fato, os membros da Igreja tem o privilégio de proclamarem as boas novas – e testificarem do que sabem. Deste modo, listei abaixo 4 motivos que nos fazem refutar a doutrina da reencarnação.

1- A Reencarnação não é mencionada nas escrituras. Nem a Bíblia Sagrada, nem o Livro de Mórmon, nem outras escrituras que temos mencionam a doutrina da reencarnação. Como somos seres duais: de corpo e espírito, a reencarnação determinada que, estando nosso espírito ainda imperfeito, após a morte, haja necessidade de uma nova vida mortal, em outro corpo (às vezes em um animal ou planta!). Essa doutrina é aceita por diversas religiões, algumas até cristãs [2]. As escrituras, porém, não falam de reencarnação. Elas ensinam que algumas pessoas forem revividas: estavam mortas, e voltaram, por meio de um milagre, ao mesmo corpo mortal, para continuar sua provação. Elas também ensinam sobre ressurreição: após a morte recebemos um corpo perfeito e imortal – que se funde com o espírito eterno para nunca mais se separar. Cristo foi o primeiro a ressuscitar e, por meio de seu poder, todos ressuscitarão. Mas reviver e ressuscitar não é o mesmo que reencarnar.

2- O plano de Salvação não faria sentido se houvesse reencarnação pois fragilizaria a importância do arbítrio, do corpo físico e dos mandamentos. De fato, se pudéssemos reencarnar a liberdade de escolha – com toda implicação e responsabilidade que este dom acarreta estaria prejudicada, pois os homens não seriam livres segundo a [única] carne [ou corpo que receberam] e não seriam “livres para escolher a liberdade a vida eterna por meio do grande Mediador de todos os homens, ou para escolherem o cativeiro e a morte, de acordo com o cativeiro e o poder do diabo” (2 Néfi 2:27). Sabemos que o corpo é muito importante no plano de Deus, pois fomos criados a “imagem e semelhança” Dele (Gênesis 1:26-27). Nosso corpo físico é um pré-requisito para a exaltação e um dom divino essencial para o teste mortal, que é essencialmente um teste de obediência aos mandamentos de Deus. Se a reencarnação é real, não há necessidade absoluta e premente na obediência as leis de Deus.

3- O plano de Salvação não faria sentido se houvesse reencarnação pois desprezaria a Expiação. A doutrina da reencarnação afronta o sacrifício que Deus fez por nós. E esse talvez seja o maior problema desta doutrina. Aqueles que acreditam que espíritos e deuses podem repetidamente habitar  em uma variedade de formas físicas não levam em conta a missão de Cristo e da finalidade da Expiação. Para uma pessoa que acredita em reencarnação, Cristo seria apenas uma manifestação de um grande mestre, que já se manifestara em outras encarnações. Aceitar a reencarnação significa repudiar o ensinamento mais fundamental do evangelho – de que em um único ato (e em uma única vida!) o Senhor Jesus Cristo teria nos redimido da morte e do pecado. 

4- As escrituras ensinam sobre ressurreição. Não sobre a reencarnação. O Apóstolo Paulo foi claro ao dizer que os homens estão destinados a morrer uma vez só, vindo depois disso o Julgamento (Hebreus 9:27). Joseph Smith, o Profeta da Restauração, ensinou que a reencarnação é uma doutrina falsa [3]. O profeta Amuleque também disse que “este corpo mortal será levantado num corpo imortal, isto é, passará da morte (…) à vida, para não mais morrer; e o espírito unir-se-á a seu corpo para não mais serem divididos; o todo tornando-se, assim,espiritual e imortal, de modo que já não possa experimentar corrupção.” (Alma 11:45). A ressurreição, que é essa união perfeita do corpo e do espírito, virá para todos: justos e iníquos, judeus e gentios, escravos e livres, homens e mulheres. É dádiva gratuita para todos os que nasceram nesta Terra, concedida pelo poder e graça de Jesus Cristo. [4]

 

Acesse o texto integral, com a notas de rodapé aqui.

| Para refletir
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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