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7 Passos para Defender a Verdade e Não Julgar

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Defender a verdade exige que usemos do bom senso e discernimento espiritual. Mas não devemos julgar as pessoas, pois isso cabe a Deus. As citações e ponderações abaixo visam ajudar a defender a retidão e ao mesmo tempo exercer a tolerância para com os que escolhem pecar.

A Igreja é o Reino de Deus. Ela é verdadeira. Sei disso de todo o coração. Mas há todo tipo de peixe na rede do evangelho (Mateus 13:41) – o que significa que nem todas as pessoas dentro da Igreja são sinceras, boas e dignas. De fato, todos estamos na Igreja para “o aperfeiçoamento dos santos” (Efésios 4:12). Ela é, portanto, um grande hospital onde procuramos cura ou, conforme descrito pelo Élder Neal A. Maxwell, a Igreja não é uma “clínica de repouso bem-equipada para pessoas já aperfeiçoadas, mas sim “um laboratório de aprendizado e uma oficina na qual adquirimos experiência ao praticarmos uns com os outros o processo contínuo de ‘aperfeiçoar os santos'” (“A Brother Offended”, Ensign, maio de 1982, p. 38).

A compreensão disso pode ajudar todos nós, em nossas interações cotidianas. Lembremo-nos que temos o mandamento de não julgar (Mateus 7:1).

O Élder Dallin H. Oaks disse: “Precisamos também praticar a tolerância e o respeito pelas pessoas. Conforme o Apóstolo Paulo ensinou, os cristãos devem “[seguir] as coisas que servem para a paz” (Romanos 14:19) e, na medida do possível, “[ter] paz com todos os homens” (Romanos 12:18). (…) Nossa tolerância e respeito pelos outros e pelas crenças deles [porém] não nos faz abandonar nosso compromisso com as verdades que conhecemos e os convênios que fizemos. (…) Não abandonamos a verdade nem nossos convênios. Fomos convocados como combatentes na guerra entre a verdade e o erro. Não há meio termo. Precisamos defender a verdade, mesmo ao praticar a tolerância e o respeito por crenças e conceitos que diferem dos nossos e para com as pessoas que os adotam. Embora devamos praticar a tolerância e o respeito pelos outros e por suas crenças , inclusive a liberdade constitucional que eles têm de explicar e defender seu ponto de vista, não é exigido que respeitemos e toleremos uma conduta errada. Nosso dever para com a verdade exige que busquemos alívio de algum comportamento que seja errado. (…) Nosso Salvador aplicou esse princípio. Ao se deparar com a mulher apanhada em adultério, Jesus proferiu estas consoladoras palavras de tolerância: “Nem eu também te condeno”. Depois, ao despedi-la, ele proferiu estas autoritárias palavras de verdade: “Vai-te, e não peques mais” (João 8:11). Todos nos edificamos e fortalecemos com esse exemplo de tolerância e verdade: bondade na comunicação, mas firmeza na verdade. [1]

O Élder Robert D. Hales ensinou como devemos falar com as pessoas sobre nossas crenças – demonstrando coragem cristã. Depois de dizer que devemos imitar o Salvador ele disse:

“Isso não quer dizer que temos que comprometer nossos princípios ou enfraquecer nossas crenças. Não podemos mudar as doutrinas do evangelho restaurado, mesmo que ensiná-las e obedecer a elas nos torne impopulares aos olhos do mundo. Contudo, mesmo quando sentimos vontade de falar da palavra de Deus com ousadia, devemos orar para estarmos cheios do Espírito Santo (ver Atos 4:29, 31). Nunca devemos confundir ousadia com a dissimulação de Satanás: o despotismo (ver Alma 38:12). Os verdadeiros discípulos falam com calma confiança, não com orgulho e arrogância.

Como verdadeiros discípulos, nossa principal preocupação deve ser o bem-estar dos outros, e não provar que estamos certos. Perguntas e críticas dão-nos a oportunidade de nos aproximarmos das pessoas e de mostrar que elas são importantes para o Pai Celestial e para nós. Nosso objetivo deve ser o de ajudá-las a entender a verdade, não o de defender nosso ego ou marcar pontos num debate teológico. Nosso testemunho sincero é a resposta mais poderosa que podemos dar aos nossos acusadores. E testemunhos como esses só nascem do amor e da mansidão. Devemos ser como Edward Partridge, de quem o Senhor disse: “Seu coração é puro perante mim, pois ele é semelhante a Natanael dos tempos antigos, em quem não havia dolo” (D&C 41:11). Ser ingênuo é ter a inocência de uma criança, ser lento em se ofender e rápido em perdoar.” [2]

Tenhamos cuidado ao falar com nosso irmãos e irmãs sobre suas atitudes pecaminosas. Sempre devemos procurar o Espírito “que inspira o que dizer” (2 Néfi 28:4). O amor é grande solução para sempre realizarmos boas obras e termo o Espírito conosco (Alma 7:24, Morôni 8:25-26). Lembrem-se que devemos repreender prontamente apenas quando “movidos pelo Espírito Santo”. E depois “mostrar um amor maior” (D&C 121:43-44). Nossas entranhas devem ser “cheias de caridade para com todos os homens e para com a família da fé” (D&C 121:45).

Algumas coisas práticas que podemos fazer para não ofender, mostrar tolerância e ainda assim defender a verdade e a retidão – diferenciando assim o pecado do pecador:

  1. Desenvolver a caridade – que é “o puro amor de Cristo” – rogando ao Pai com toda energia de nosso coração para que sejamos cheios desse amor que Ele concede “a todos os que são verdadeiros seguidores de seu Filho, Jesus Cristo” (Morôni 7:47-48)
  2. Aprender a doutrina correta, nas fontes corretas. A doutrina correta é encontrada nas escrituras e palavras dos profetas modernos. Quanto ao homossexualismo uma leitura recomendada é  “A Família – Proclamação ao Mundo” (https://www.lds.org/family/proclamation?lang=por).
  3. Evitar FALAR negativamente sobre as pessoas e fatos. O mal da língua foi explicado pelo irmão do Salvador em Tiago 3 e pelo Élder Holland em um discurso da Conferência Geral de 2007 intitulado “a Língua dos Anjos”: http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,23-2-692-7,00.html . Como precisamos domar nossa língua. Algumas piadinhas ou comentários destroem uma vida! Também precisamos domar nossos comentários no facebook e outra mídias.
  4. Abordar as pessoas e situações com uma atitude positiva e otimista. Isso fica mais fácil quando entendemos que somos irmãos e irmãs, filhos e filha de um amoroso Pai Celestial – que esta ansioso para abençoar todos os seus filhos. Ninguém é inferior. Quando tratamos o próximo com fé, tendo grandes expectativas e amor – eles florescem. O incentivo, respeito, apreço e carinho fomentam a coragem, o empenho, a nobreza e por fim a salvação.
  5. Compreender a Expiação. Todos podem mudar. Uma vez disseram ao presidente Monson que desistisse de algumas pessoas – porque “pau que nasce torto nunca se endireita”. Ele discordou dizendo: “eu não trabalho com madeira – trabalho com pessoas – e elas mudam sempre!” As pessoa podem mudar sua natureza. O Livro de Mórmon ensina isso: “Porque o homem natural é inimigo de Deus e tem-no sido desde a queda de Adão e sê-lo-á para sempre; a não ser que ceda ao influxo do Santo Espírito e despoje-se do homem natural e torne-se santo pela expiação de Cristo, o Senhor; e torne-se como uma criança, submisso, manso, humilde, paciente, cheio de amor, disposto a submeter-se a tudo quanto o Senhor achar que lhe deve infligir, assim como uma criança se submete a seu pai.” (Mosias 3:19)
  6. Servir. Servir nada mais é que o amor colocado em prática. Quando servirmos as pessoas elas compreendem mais rapidamente no que acreditamos e mostramos pelo exemplo o que trás felicidade.
  7. Seguir o Espírito ao falar do evangelho e dos padrões da Igreja. Vivemos em um mundo decaído e há muita falsidade. Quando uma teoria falsa for ensinada ou uma conduta iníqua for defendida devemos ser sábios e cumprir os mandamentos de (1) não jogar pérolas aos porcos (Mateus 7:6, D&C 41:6), (2) dar a porção devida, no momento devido a cada homem (D&C 84:85), (3) não revelar os mistério de Deus (Alma 12:9-10), (4) ser modestos, claros e simples no falar (2 Néfi 25:7, 20; D&C 1:23), (5) seguir o Espírito ao ensinar (D&C 42:14, D&C 32:1) e (6) entender que os iníquos consideram a verdade dura e eles não a compreendem (1 Néfi 16:2). Haverá ocasiões em que poderemos defender com vigor a verdade. Devemos buscar essas oportunidades e falar com ousadia, mas sempre com a orientação do Espírito.

Felizmente a maioria dos membros da Igreja que eu conheço são amorosos e seguem o Espírito. Eles não tratam de maneira desrespeitosa as pessoas que escolhem um modo de vida que não conduz com os padrões da Igreja. O amor é nossa principal mensagem. Não há espaço para preconceito. Todavia, os padrões morais são nosso modo de vida.

Ao mesmo tempo que declaramos a verdade, estendemos a mão com amor. Que possamos ser como Cristo em palavras e atos. E que todos vejam nossas boas obras e glorifiquem ao Pai que esta nos céus!

 

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NOTAS

[1] A Liahona Fevereiro de 2013.

[2] “Coragem Cristã: o Preço de Seguir Jesus”, Conferência Geral, Outubro de 2008

[4] O Presidente Harold B. Lee disse em um contexto missionário: “Vocês devem ensinar as velhas doutrinas, não de modo a serem apenas suficientemente claras para que as pessoas as compreendam, mas vocês devem ensinar as doutrinas da Igreja de modo suficientemente claro para que ninguém as compreenda erroneamente”. (The Teachings of Harold B. Lee, p. 458.)

| Vida dos Santos dos Últimos Dias
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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