Casal da Igreja vende “Dindim do Amor” para financiar casamento

| setembro 12, 2019

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Fortaleza, Ceará – Em 2016, o jornal Tribuna do Ceará contou a história da Êmile Costa e Lucas Félix, membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Eles montaram um negócio de venda de Dindins para arrecadar dinheiro para o casamento, com o objetivo de pagar a cerimônia, a festa e também espalhar o amor. Hoje, um ano depois, o casal se prepara para se casar em 4 dias. Conheça a história do “Dindim do Amor”.

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A história

Em fevereiro de 2016, Lucas fez o pedido de casamento. Êmile tinha esperado Lucas por dois anos enquanto ele servia uma missão por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Ela disse:

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“O pedido foi uma comédia. Eu tinha preparado uma surpresa no dia do aniversário dele. E ele estava preparando uma surpresa para mim, na mesma data. Depois dos parabéns, nossos amigos vedaram nossos olhos e, quando vi, ele já estava ajoelhado. Eu pensava que ia fazer para ele uma surpresa nota dez, mas acabei recebendo uma nota mil”

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Sem temer o futuro eles já começaram a planejar tudo. Êmile era estudante de Enfermagem na Universidade Federal do Ceará e bolsista. Sobre as dificuldades da época ela disse:

“Ele é Técnico em Edificações; mas, na época, estava desempregado. A gente ficou pensando em alguma coisa para vender. Pensei em salada de frutas, mas estraga rápido. Pensei em bolo, mas às vezes não dá certo. Até que vi na internet uma cantora de forró recebendo dindins em casa, e pensei: ‘vamos fazer dindins”.

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A mãe de Êmile fazia dindins em casa, e sua ajuda foi muito importante. Em abril de 2016, Êmile foi para a entrada do restaurante da universidade. Usando um véu, ela vendeu todos os dindins que tinha levado.

“Eu achava, sinceramente, que não ia vender tanto, sabe? Fui com véu e botei o nome de ‘Dindim do Amor’, para que as pessoas soubessem que seria para ajudar no meu casamento. Voltei para casa dizendo: ‘mãe, vendi tudo, vamos fazer mais”.

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Rapidamente, o negócio se tornou um sucesso. Assim nasceu o “Dindim do Amor.” Nas duas horas de almoço eles vendiam cerca de 200 dindins por dia. Eles produziam todas as noites das 18h30 às 23h, e descansavam no domingo. Eles contavam com o apoio de professores que fazem encomendas maiores. Os clientes são tocados por sua história.

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Os desafios

Apesar do sucesso, eles sempre buscavam algo melhor. As vendas não traziam muita segurança. Eles tinham receio de que algo acontecesse e não conseguissem mais vender. Segundo ela, várias vezes eles precisaram usar dinheiro para a manutenção do carro que eles usavam para vender. Foram muitas noites onde eles faziam os dindins até 1h da manhã, precisando acordar 5h da manhã para estudar, estagiar, e vender os dindins.

Depois de formada, Êmile passou na residência. Lucas então, assumiu as vendas mesmo fazendo um estágio ao mesmo tempo.

“A gente passou por muitos desesperos e emergências. Por várias vezes eu chorei desesperada. Eu orei muito ao Senhor pedindo que Ele me ajudasse e que Ele confortasse meu coração”.

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As bênçãos

Apesar dos desafios, deu tudo certo e o dinheiro dos dindins além do casamento, também ajudou na reforma da casa de sua futura família.

“A gente era muito controlado. Se gastava, era apenas um pouquinho. A maior parte era para guardar e também pagar o dízimo. Lógico, nunca deixamos de pagar o dízimo. Jamais”.

“Não foi fácil. Realmente, não foi fácil. Mas agora no final a gente está sendo muito abençoado. Eu não sei se porque está bem pertinho, mas a gente está ganhando muita coisa; coisas que a gente não estava mais podendo comprar”.

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Êmile diz também que o sucesso acadêmico e profissional do casal são bênçãos do Senhor que tem visto o esforço deles para ter uma família eterna.

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Paciência e Fé

Eles vão casar no civil no dia 11 de julho, e se selar no templo dia 13. Sobre a espera ela disse:

“A gente não queria casar por desespero. Acreditamos que como o casamento é algo eterno, então é algo que precisa ser planejado. Assim como tudo que a gente faz nessa vida”.

“Essa experiência que passamos serviu muito para aumentar a nossa fé e nossa confiança no Senhor. Quando vinha o desespero eu falava: ‘Lucas, relaxa, vai dar certo. A gente faz tudo direitinho, tudo certinho’. A gente lia nas escrituras que quem pagasse o dízimo seria muito abençoado, então a gente tinha tudo para que o Senhor nos abençoasse. A gente estava fazendo nossa parte, só precisávamos confiar que o Senhor faria a Dele”.

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Emile compartilhou que tudo foi uma prova de paciência. A experiência lhes ensinou que para alcançar nossos sonhos precisamos nos esforçar e lutar muito. Muitas vezes, mesmo querendo estar juntos logo, eles também queriam fazer tudo de forma planejada e não queriam começar o casamento com dívidas e passar por certos sofrimentos financeiros que poderiam ser evitados. A experiência lhes ensinou o quanto eles eram capazes de conquistar juntos. Ela disse:

“Quando a gente tem um sonho, e esse sonho é o sonho do Senhor, e é um sonho bom, e se fizermos nossa parte mesmo e nos esforçarmos, Ele vai nos abençoar. E vai nos abençoar com coisas que a gente nem imagina. Ele triplica nossas bênçãos”.

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