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Judaísmo Dá Motivos Para Chamar o Sabbath “Prazeroso”

Mulher Sabbath

Imagem via lds.org.

Por Richard Neitzel Holzapfel

Desde a antiguidade, os judeus eram conhecidos por lembrarem e observarem o dia do “sabbath”. O Senhor disse: “E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles; para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica”, e Ele também diz “Eu sou o Senhor vosso Deus; andai nos meus estatutos, e guardai os meus juízos, e cumpri-os. E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor vosso Deus.” (Ezequiel 20:12, 19-20).

Os Hebreus chamam de Shabbat, que se refere ao verbo hebraico “descanso ou cessar”. Porém, uma parte do convênio de manter o dia santo sagrado é de lembrar desse dia santo e ter a visão de adorá-lo e descansar: descansar de atividades físicas que preencham os outros dias da semana.

O primeiro dia santo foi estabelecido quando o senhor cessou o trabalho na criação, abençoou o dia e declarou este dia como santo. (Veja Gênesis 2:2-3).

Eventualmente a antiga Israel identificou esse dia especial na semana como o “Dia santo do Senhor” (Êxodo 20:10).
O Senhor, pelo profeta Isaías, disse que ele iria honrar aqueles que se lembrassem e guardassem o dia santo. Também prometeu a eles que se eles se fizessem desse dia um dia “prazeroso” em suas vidas, encontrariam felicidade no Senhor. Além, o Senhor também prometeu a Israel que Ele os manteria “nos mais elevados lugares na terra” e também “Os alimentaria com a herança de Jacó” (Isaias 58:13-14). O rico simbolismo dessa imagem é retratado como um rei conquistador cavalgando por suas terras e saboreando os frutos da terra.

Enquanto frequentava o colégio da união hebreu, aprendi muito sobre o dia santo com os meus colegas judeus. A um ponto eles me contaram a história de “José que honrava o dia santo”, no Talmud babilônico (tratado Sabbath, 119ª).
Mais tarde, minha mulher, Jeni, descobriu um livro infantil, José que amava o dia santo, baseado naquela história encontrada no Talmud (veja Marilyn Hirsh, José que amava o dia santo [1986]).

No conto moderno dessa história antiga, nós vemos um pobre trabalhador judeu chamado José. Mesmo ele tendo trabalhado duro com poucos ganhos, ele sentia prazer em guardar o dia santo. Ele trabalhava toda a semana para poder guardar o máximo possível para que ele pudesse comprar a melhor comida, óleo e vinho para a ceia dos seus dias santos. Antes do sabbath, José limpava sua casa e ia até o mercado para fazer as suas compras. Retornava para casa e se vestia com suas roupas especiais para o dia. À medida que o dia do Sabbath se passava, ele cantava, lia as escrituras e compartilhava o alimento com sua família e amigos. Ele orava, cantava mais hinos, e jogava jogos. Como descrevia a autora, “José desfrutava do dia santo”.

Sorab, empregador egoísta e com péssimo temperamento, sonhou uma noite que tudo o que ele possuía iria um dia pertencer a José que sempre trabalhou duro. Quando Sorab acordou ele vendeu suas terras, sua casa, e seus bens e comprou uma enorme pedra de rubi. Depois embarcou em um navio para que pudesse ir para o mais longe de José que pudesse. Porém, o navio naufragou em uma grande tempestade, e o fantástico Rubi saltou do chapéu de Sorab; Onde ele mantinha escondido em segurança. O que ele não tinha percebido é que o rubi tinha sido engolido por um peixe.

Algum tempo depois, como de costume, José foi para sua visita semanal ao mercado, e ao chegar ele escutou alguém gritar na multidão: “Quem irá comprar este grande e lindo peixe?”

Quando José viu o peixe ele chorou, “Este é com certeza o melhor peixe neste mundo!”.

José comprou o peixe e o preparou para o tão importante dia do sabbath. Quando ele abriu o peixe para servi-lo para sua família e amigos, José encontrou a pedra de rubi. Após vendê-la, ele foi capaz de comprar as antigas propriedades de Sorab, suas terras, casa e bens. Tornou-se rico e pôde compartilhar as bênçãos com todos seus familiares e amigos nos próximos sabbath que vieram.

Eu descobri que meus antigos colegas e professores judeus tinham um sentimento especial para com o dia do Senhor, assim como José tinha na história. Eu fui puxado para aquela felicidade e prazer que eles encontravam em se lembrar e guardar o sabbath. Não era o mesmo dia do senhor que eu conhecia, mas um que me mostrou que eu poderia melhorar em cumprir esse mandamento.

Na restauração, o senhor novamente enfatizou a importância de guardar esse dia sagrado em uma revelação dada no dia de domingo, 7 de Agosto de 1831 (veja D&C 59). Nessa importante revelação, o senhor adiciona razões e bênçãos que se associa há guardar esse dia e nos ajudam a apreciar o “dia santo do senhor”.

Ele diz que se lembrar e guardar o sabbath nos ajudará a nos manter limpos das manchas do mundo (versículo 9). Promete que “nossa felicidade será plena” se nós fizermos desse dia um dia “alegre”, um dia para sermos gratos e com os corações e semblantes alegres. (Versículos 13-15).

Como a promessa de Isaías, o senhor nos diz na seção 59 que a plenitude da Terra será nossa (versículo 16). Nessa revelação importante sobre o dia do senhor o senhor nos informa que essas criações foram feitas para seus filhos e filhas, “ambas para agradar aos olhos e o coração” (versículo 18). Nós devemos utilizar estes recursos que ele nos provém como “alimento e vestes, para o paladar e olfato, para fortalecer o corpo e avivar a alma” (Versículo 19).

Por fim, o Senhor promete a todos aqueles que se lembrarem e cumprirem esse dia uma recompensa além do que a grande pedra de rubi que José encontrou na barriga do peixe, “até a paz neste mundo e vida eterna no mundo vindouro” (versículo 23).

(Richard Neitzel Holzapfel é professor de história da Igreja e Doutrina na Universidade de Brigham Young.)

 

Artigo original em LDS.org.

| Inspiração
Publicado por: Esdras Kutomi
Formado em SI, mórmon, gosta de RPG e Star Wars, lê artigos científicos por diversão, e se diverte mais com crianças ou idosos do que com pessoas de sua idade.
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