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Entrevista Com o Autor SUD da Obra O Milagre da Conversão

Entrevistamos esta semana o autor SUD do recém publicado livro “O Milagre da Conversão” e trazer em primeira mão o que essa nova obra 100% brasileira tem para acrescentar à literatura SUD no idioma Português.

1. Primeiramente, quem é o Giulian Andrade e como você conheceu o Evangelho Restaurado?

Meu nome é Giulian Andrade, nasci sob o convênio eterno e fui batizado conscientemente aos 8 anos, desejando viver o Evangelho de Jesus Cristo. Desde cedo eu já me peocupava com as questões da eternidade. Mas foi com os meus 14 anos, ao entrar para a classe do Seminário, que despertei para o caminho da verdadeira conversão ao Evangelho Restaurado. Servi a missão Santa Maria Brasil, presidida à época pelo Presidente Isaías de Oliveira Ribeiro e Soni Ribeiro, verdadeiros pilares em meu processo de conversão real. Tenho 25 anos, natural de São Luís/MA, atualmente trabalho no ramo da advocacia, sirvo como 1º Conselheiro no bispado de minha Ala e sou selado com minha linda esposa, Raissa Mota Andrade.

2. Em que momento de sua vida e por quais razões decidiu escrever O Milagre da Conversão? Qual foi a sua principal inspiração?

Decidi escrever um livro que falasse sobre conversão ainda enquanto estava na missão. Eu servia na cidade de Santo Ângelo/RS e aproveitava o momento de escrever no diário para rascunhar o livro. A inspiração foi muito clara e, com toda sinceridade, acredito ter vindo como mandamento de Deus naquele momento para mim. A cidade de Santo Ângelo foi muito especial para mim e para meus companheiros. Encontramos muitas famílias para ensinar e batizar, e elas continuam firmes até hoje, servindo na Igreja e guardando fielmente os convênios que fizeram. Ao ver a felicidade daquelas pessoas por terem conhecido o Evangelho eterno pensei: “esse é o verdadeiro milagre.

Muitos procuram milagres de cura; outros, de riquezas. Mas de todos, qual é o que pode levar-me de ‘volta para Casa’?”. Saltei da cama, peguei meu diário e comecei escrever o que se passava em minha mente. Foi impressionante como eu não conseguia parar. As ideias simplesmente fervilhavam na mente e eu simplesmente não imaginava de onde vinham.o-milagre-da-conversao

Decidi que iria estudar e escrever sobre esse milagre que é a conversão. Estudei versículo por versículo, referência por referência, que tratasse de conversões específicas nas escrituras, tais como as de Alma pai, Alma filho e os filhos de Mosias, de Zeezrom, dos Anti-néfi-leítas, de Pedro e de Paulo, e muitos outros. Posso dizer que Jesus Cristo foi a minha inspiração; e, esses conversos, o ponto médio para que eu consiga ser mais como meu Salvador.

3. Poderia nos falar um pouco sobre O Milagre da Conversão? Quais são os pontos principais do livro e por que ele se diferencia de outras obras do gênero?

Finalmente uma obra genuinamente brasileira para MISSIONÁRIOS e MEMBROS SUD. E não é qualquer: é um verdadeiro manual que trata sobre o real significado da palavra Conversão. Na Igreja conhecemos muitos livros que se referem à fé, ao arrependimento, ao perdão, batismo, dom do espírito santo, à perseverança e outros pincípios e doutrinas. Comumente adoramos ler as histórias de Noé, Moisés; Néfi, Mosias, e outros. Por outro lado, nos esquecemos da sublime história de conversão de Alma o pai, através da força do profeta Abinádi; esquecemos da incrível conversão de Zeezrom, cujo mudou o curso de sua vida para viver e ensinar o Evangelho; não notamos o esforço que fizera o povo anti-néfi-leíta para continuar o árduo processo de mudança de coração. Esse é o diferencial do livro: histórias de conversão contadas como não visto igual.

Ao escrever o livro, imaginei que seria bastante útil aos rapazes e moças que se preparam para entrar no campo missionário. E realmente esse era o público alvo: queria ensinar-lhes o que de fato é uma conversão e como podem ser instrumentos nas mãos de Deus para a mudança de seu próprio coração, bem como para o arrependimento de muitos outros. Vocês, jovens de Israel, não podem deixar de ler esse livro antes de servir a sua missão. Seu coração se encherá de força espiritual, ânimo físico e de conhecimento eterno. Se aplicarem os ensinamentos desse “manual do converso”, certamente serão missionários eficazes. Por outro lado, foi impossível desvincular-me do princípio de que todo membro é um missionário.

Por isso é que esse “manual” será de grande valia aos missionários que não são de tempo integral, mas que podem continuar sendo pregadores eficazes em suas Estacas, Alas e Ramos. Além disso, estou certo de que auxiliará a liderança da Igreja a garantir que seu rebanho seja devidamente apascentado. Todos os princípios, histórias e doutrinas incutidas nesse “manual” são, até hoje, utilizados por mim para preparar discursos, serões, palestras e devocionais na Igreja.

4. Costumamos pensar em “conversão” como um evento que inicia com as lições missionárias e termina com o batismo e confirmação? Ao seu ver, conversão é um evento ou processo e por que?

É bem verdade que nós pensamos que conversão se concretiza ao entrarmos nas águas do batismo. Até chamamos os recém batizados de recém-conversos, como se o batismo fosse o marco para tal. Esse pensamento tem se mostrado um grande empecilho ao crescimento real da Igreja. E não se faz muito esforço para se notar esse fato. Vejamos as taxas de “retenção” de novos membros… não têm passado de 30% nas melhores missões. A ideia do missionário hoje é: “batizei, ela se converteu e, se pecar, estará sob condenação. A culpa não é mais minha e eu não preciso mais cuidá-la, pois os membros têm essa responsabilidade”. E a ideia do membro hoje é: “os missionários batizaram essa pessoa que não estava preparada e não é convertida. Trouxe problemas para a minha ala. Não vou ficar me preocupando com essa pessoa que não quer nada”.

Temos que desvincular a ideia de batismo da ideia de conversão. Por que? Porque o batismo vem simplesmente pela fé e arrependimento para a remissão de pecados do passado, não eximindo ninguém, contudo, de pecados no futuro. O convênio não é a conversão. O convênio é o ritual pelo qual demonstramos ao Senhor que queremos entrar em um longo processo de mudança constante. Se não conseguirmos cumprí-lo, é porque não fomos convertidos e precisamos renová-los com Deus.

A conversão é um verdadeiro processo em que todos nós estamos inseridos, desde o membro mais novo até o Profeta. Posso ser convertido ao mandamento do dízimo, mas viver a Palavra de Sabedoria apenas pela fé, até que venha a compreender o seu real significado e passar a vivê-lo conscientemente. Percebemos a nossa conversão sobre determinado ensinamento quando conseguimos vivê-lo, ensiná-lo com verdade e coração, e entristecer-nos quando nós mesmos ou outras pessoas não conseguem vivê-lo por eventuais fraquezas da carne. Se nós entendêssemos que a conversão é um processo, saberíamos que, mesmo sendo membros antigos, estamos no mesmo patamar que os novos, e precisamos de auxílio tanto quanto eles.

5. De que maneira O Milagre da Conversão é relevante tanto para o pesquisador, membro novo ou membro mais antigo da Igreja?

Eu diria que se um pesquisador lesse o livro, diria: preciso ter uma verdadeira mudança de coração para seguir a Cristo. Não basta dizer que tenho boas intenções. Um membro novo, ao ler o livro, pensaria: agora é a minha vez de ensinar esse Evangelho! Um membro antigo se questionaria: como pude esquecer de tudo isso?

6. Qual foi o maior desafio que encontrou enquanto escrevia o livro?

Não poderia ser outro: viver o que o livro diz. Enquanto escrevia, eu pensava: como vou escrever sobre algo que ainda não consigo viver? Procurei respostas em um livro que trata de outro milagre muito importante: O Milagre do Perdão, e senti confortado com as palavras do querido Presidente Kimball, quando disse que “não haveria muita motivação para sermos bons e fazer o que é certo se todos os oradores e escritores deixassem para discutir o assunto e admoestar somente depois que eles mesmos fossem perfeitos”.

7. Qual foi o princípio ou conceito mais interessante ou relevante que aprendeu enquanto pesquisava e escrevia O Milagre da Conversão?

Para mim, o princípio mais marcante é o de que podemos estar em Cristo mas não ser de Cristo, como bem ensinado por Ele em João 16. E quando isso pode ocorrer? Quando acreditamos Nele, temos um testemunho de que Ele é o Filho de Deus e Criador de tudo o que há na Terra, mas ainda assim não geramos quaisquer frutos em Seu nome. Era o que ocorria com Pedro, por exemplo, o qual, mesmo depois de ter visto e vivenciado maravilhas, das mais surreais, ainda assim negou o Salvador.

Observei que mesmo sendo membro da Igreja do Salvador, mesmo sendo Seu apóstolo, mesmo tendo sido tão privilegiado, sua conversão somente iniciara-se depois de o Mestre ter subido, quando finalmente deixou tudo de lado, incluindo os seus pecados e prazeres, e começou a gerar frutos. Isso mostrou-me que a minha condição de membro antigo, portador do sacerdócio divino e/ou de líder na Igreja não valerá de nada se eu não gerar bons frutos em Cristo.

8. Que conselho você daria para o membro da Igreja que sente que sua fé está abalada ou não se sente completamente convertido?

“Continue no velho barco chamado Sião, e ele te levará até o porto”; Somos guiados por revelações, mas nem tudo nos foi revelado. Não compreendemos todas as coisas, e por isso não somos convertidos a muitos aspectos do Evangelho. Se você não é convertido a determinado princípio, experimente vivê-lo mesmo em tempos de dúvidas e incertezas. Essa será a prova de sua fé. E testifico de que é somente depois da prova de sua fé que obterás um vívido testemunho.

9. Aonde o livro está sendo comercializado?

No momento o livro está sendo comercializado no modo digital pelo site da Amazon, tanto o nacional, quanto o de diversos outros países. O site é autoexplicativo e a compra é bem fácil e segura. Os que tiverem dúvidas, podem entrar em contato direto comigo pelo email [email protected], que terei todo o prazer de responder os questionamentos.

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Publicado por: Luiz Botelho
Luiz Botelho serviu na Missão Santa Maria e atualmente mora em Provo-Ut. Estuda Antropologia na Utah Valley University e descobriu na Ciência, História, Filosofia e Teologia sua verdadeira paixão. Atualmente trabalha voluntariamente como Diretor Internacional da FairMormon, é autor do Interpretenefita.com e um dos Diretores da More Good Foundation no Brasil.
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