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Seguir a Orientação do Senhor

Jesus e os ApóstolosNo Livro de Mórmon (um livro tido pelos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, às vezes chamados erroneamente de “Mórmons”) aprendemos a respeito de um profeta antigo, Leí, e a jornada de sua família para uma terra prometida, onde hoje conhecemos como continente americano. Em sua jornada eles receberam uma benção do Senhor, conforme o registro a seguir:

E aconteceu que meu pai se levantou pela manhã e, saindo à porta da tenda, notou, com grande espanto, que havia no chão uma esfera esmeradamente trabalhada; e era feita de latão puro. E no seu interior havia duas agulhas; e uma delas indicava-nos o caminho a seguir no deserto” (1 Néfi 16:10).

Esse objeto foi chamado de Liahona. Em um livro intitulado Não temais — Crê Somente, escrito por Ted L. Gibbons e publicado em 2009 pela Cedar Frot Inc. (pp 139-141), Gibbons compartilha qual é esse propósito especial:

Seguindo as Setinhas

Como o povo de Leí exerceu fé na bússola que apontava o caminho para onde deviam ir?  Eles a seguiam. A questão era muito simples: Se acreditassem que a Liahona os direcionaria para o melhor caminho, então ela direcionava o melhor caminho. O Problema para o povo de Leí era que era algo muito simples. O milagre da Liahona era efetuado “por meio de cosias pequenas” e o resultado era que “foram negligentes e esqueceram-se de exercitar sua fé e diligência”  (Alma 37:41). Sua circunstância é muito fácil de imaginar. Quando levantavam pela manhã, Leí verificava a direção que as setas indicavam. Então ele falava e a caravana partia para mais um dia no deserto. Mas imagine que uma manhã as setas apontassem para o norte e um Oasis com palmeiras e água fresca estava visível ao sul. Quando Leí apontava o caminho para aquele dia, Lamã, Lemuel e o filhos de Ismael reclamavam. Muito alto. Bem, um Oasis devia ser algo bom no que Hugh Nibley chamou de “o pior deserto do mundo”. Mas eles não podiam fazer um desvio apenas por algumas horas e então voltar para o caminho indicado pela Liahona? E eles foram para o Oasis e “essas maravilhosas obras cessaram e eles não progrediram em sua jornada” (Alma 37:41).

Alma queria que Helamã entendesse que esses eventos podem lançar uma sombra sobre nossas próprias vidas.

E agora, meu filho, eu desejaria que compreendesses que essas coisas não deixam de possuir um simbolismo; pois como nossos pais foram negligentes em prestar atenção a essa bússola (ora, essas coisas eram materiais), não prosperaram; o mesmo se dá com as coisas espirituais. Pois eis que é tão fácil dar ouvidos à palavra de Cristo, que te apontará um caminho reto para a felicidade eterna, como o foi para nossos pais dar atenção a essa bússola, que lhes apontava um caminho reto para a terra prometida. (Alma 37:43-44).

Ao caminhar por minha casa hoje, contei vinte e uma Bíblias.  Não tenho certeza se as encontrei todas. Existem muitas tríplices (Livro de Mórmon, Pérola de Grande Valor e Doutrina e Convênios em um volume). Se eu quiser ouvir as palavras de Cristo, posso abrir a cópia das escrituras no versículo que quero tão rápido quanto consigo pegar um copo de água. O que poderia ser mais fácil? Essa disponibilidade de palavras de Cristo é um milagre trabalhado por “meios pequenso”. A questão não é a facilidade de acesso, mas o desejo da pessoa. Porque as escrituras estão tão disponíveis, se não tomarmos cuidado podemos nos tornar “negligentes” e esquecer de exercer nossa “fé e diligência”, e, então, “essas maravilhosas obras” vão cessar e iremos progredir em nossa jornada rumo à barra de ferro que nos mantêm no caminho do evangelho (ver Alma 37:41).

Nem é simplesmente uma questão de olhar. Saber qual a direção que a seta mostrará não nos ajuda se escolhermos ir para o outro lado. Acordaremos uma manhã em um campo perto de um Oasis onde a água secou e as palmeiras morreram e não teremos mais certeza – podemos até mesmo não ter a preocupação de saber – a respeito de qual caminho temos que seguir. Perderemos nossa confiança na palavra e nosso acesso ao Espírito (Helamã 13:8).

Alma concluiu com esse alerta:

“E pergunto agora: Não há nisto um simbolismo? Pois tão certamente quanto este guia trouxe nossos pais para a terra prometida por terem seguido seu curso, também as palavras de Cristo, se lhes seguirmos o curso, nos conduzirão para além deste vale de tristezas, a uma terra de promissão muito melhor. Oh, meu filho, não sejamos negligentes por ser fácil o caminho, pois isso sucedeu com nossos pais; porque assim lhes foi preparado, para que, se olhassem, pudessem viver; e a mesma coisa se dá conosco. O caminho está preparado e, se olharmos, poderemos viver para sempre” (Alma 37:45-46).

Esse exemplo de ouvir o conselho de Deus, mesmo que pareça pequeno e insignificante, lembrou-me da história do Velho Testamento do capitão Naamã — que foi estava contaminado com lepra. “Então Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado” (2 Reis 5:10). Ele ficou furioso com isso, por ser algo simples, mas seu servo lhe disse: “Meu pai, se o profeta te dissesse alguma grande coisa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado” (2 Reis 5:13). Isso não é uma lição para todos nós? Que possamos ser como o Salvador e ter uma vida repleta de coisas pequenas e simples — as coisas que fazem a maior diferença. Eu os convido para fazer como muitos Mórmons fazem — ler as escrituras e orar todos os dias. Essas duas coisas pequenas farão a maior diferença em nossas vidas, sei disso porque eu o faço e isso tem me trazido uma quantidade imensurável de felicidade.

Este artigo foi escrito por Ashley Bell, membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Recursos Adicionais:

O Propósito da Vida

O Livro de Mórmon

Saiba mais a respeito dos Mórmons acessando o site www.mormon.org.br

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