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6 Coisas que todo mundo deveria saber sobre o Jejum

pessoa orando sobre escritura - oração é parte importante do Jejum

O jejum é um mandamento de Deus, que significa abster-se de alimentos e bebidas por um período de tempo. Esse sacrifício é acompanhado da oração. “O jejum tem sido uma prática dos profetas de Deus e dos membros de Sua igreja desde os tempos antigos. Na época do velho testamento, Moisés e Elias jejuavam (ver Êxodo 34:28;I Reis 19:8). Para os israelitas, o jejum era frequentemente usado para certas ocasiões ou para pedir ajuda divina.” [1]

Listamos seis assuntos relacionados a doutrina do Jejum que todo membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias deveria saber:

1º Domingo de Jejum. Na Igreja, atualmente, um domingo de cada mês é designado como “domingo de jejum” dos membros. Normalmente é o primeiro domingo do mês. O domingo de jejum coincide com a Reunião Sacramental de Testemunhos – onde todos os membros que desejam podem usar o púlpito para expressar seu testemunho do Evangelho Restaurado. Alguns membros começam a jejuar no sábado, após o almoço, outros mais tarde. O que é recomendável é que durante a reunião de testemunhos os membros estejam de jejum. Nem, sempre, contudo, as reuniões de jejum e testemunho aconteceram nos domingos. No começo da Igreja a primeira quinta-feira de cada mês era o dia de jejum. “Nas reuniões desse dia, que muitas vezes chegavam a durar seis horas, os santos cantavam, oravam, prestavam testemunho descrevendo as manifestações divinas ocorridas em sua vida, e exortavam uns aos outros a viver o evangelho. Eliza R. Snow lembrava-se com carinho dessas reuniões como “sagradas e interessantes além da capacidade de descrevê-las. Muitas, muitas foram as ocasiões pentecostais de derramamento do espírito de Deus nesses dias, manifestando os dons do Evangelho e o poder de cura, profecia, dom das línguas, interpretação de línguas, etc.” [2] O mesmo poder espiritual pode ser sentido nas reuniões de jejum e testemunho hoje em dia.

2º Oferta faz parte do próprio Jejum. A oferta de Jejum faz parte da Lei do Jejum. Isaías ensinou que o Jejum aceito por Deus é mais do que abster-se de alimentos: significa repartir o pão com o faminto, recolher os pobres abandonados e cobrir o nu” (Isaías 58:6-7). Em outras palavras é preciso servir. Uma das maneiras de fazer isso é ofertar a quantia que gastaríamos com nosso alimento para os pobres. O Presidente Henry B. Eyring, Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência, explicou: “Na Igreja, hoje em dia, é dada a nós a oportunidade de jejuar uma vez por mês e de fazer uma oferta de jejum generosa, por meio de nosso bispo (…), para o benefício dos pobres e dos necessitados. Parte de suas ofertas será usada para ajudar as pessoas ao seu redor, talvez alguém de sua própria família. Os servos do Senhor farão oração e jejum para saber, por revelação, a quem ajudar e qual ajuda prestar. A parte das ofertas que não for utilizada para ajudar as pessoas em sua unidade local da Igreja será disponibilizada para abençoar, no mundo todo, outros membros da Igreja que estejam necessitados.” [3]

3º Quanto tempo de Jejum. Os membros da Igreja são incentivados a jejuar pelo período de duas refeições, o que seria cerca de 24 horas. Nas escrituras encontramos exemplos de pessoa que jejuaram muito mais. Moisés e o Salvador jejuaram 40 dias (Êxodo 24:18, Mateus 4:2). Alma jejuou durante muitos dias (Alma 5:46). Ao jejuarmos devemos levar em consideração nossa saúde. Deus não exige que corremos mais rapidamente que nossas forças permitam (Mosias 4:27). Precisamos ser sábios. Crianças podem aprender o princípio do jejum, abstendo-se de uma refeição. Pessoas que tem doenças ou dificuldade de ficar sem comer e beber podem oferecer ofertas como se tivessem jejuado. O Senhor aceitará nosso sacrifício, se fizermos o melhor nas circunstâncias que nos encontramos.

4º Razões para Jejuar. O Presidente Spencer W. Kimball afirmou que falhar em seguir a lei do jejum é um pecado de omissão cuja pena é alta. Ele escreveu: “O Senhor faz ricas promessas aos que jejuam e ajudam os necessitados. (…) A inspiração e a orientação espiritual seguem a retidão e a proximidade ao Pai Celestial. Deixar de jejuar privar-nos-ia dessas bênçãos” [4]

5º Uma lei para todos. “A lei do jejum se aplica a todos os membros da Igreja. Até as criancinhas podem ser ensinadas a jejuar, começando com uma refeição e depois duas, à medida que puderem entender a lei do jejum e cumpri-la fisicamente. Marido e mulher, membros solteiros, jovens e crianças devem começar o jejum com uma oração, agradecendo pelas bênçãos que têm na vida e, ao mesmo tempo, buscando as bênçãos e a força do Senhor durante o período do jejum. O pleno cumprimento da lei do jejum ocorre quando a oferta de jejum é feita ao agente do Senhor, o bispo.” [5]

6º O poder do Jejum. Para ilustrar o poder do Jejum, o Elder Matthew Cowley (1897–1953), que serviu no Quórum dos Doze Apóstolos disse: “Pouco mais de um ano atrás, um casal foi falar comigo em meu escritório, levando consigo um menininho. O pai me disse: “Minha mulher e eu estamos jejuando há dois dias e trouxemos nosso filhinho para receber uma bênção. É a você que fomos enviados”. Perguntei: “Qual é o problema dele?” Responderam que ele havia nascido cego, surdo e mudo, sem coordenação muscular e não conseguia sequer engatinhar aos 5 anos de idade. Pensei comigo: “É isso. ‘Este tipo de coisa não se resolve senão pela oração e por jejum’ (ver Mateus 17:21)”. Eu tinha fé absoluta no jejum e nas orações dos pais. Abençoei aquela criança e, algumas semanas depois, recebi uma carta: “Irmão Cowley, queríamos que visse nosso menininho agora. Ele está engatinhando. Quando fazemos uma bola rolar pelo chão, ele corre atrás dela engatinhando. Ele está enxergando. Quando batemos palmas em cima da cabeça dele, ele pula. Ele está ouvindo”. A medicina tinha desistido do caso. Deus havia assumido.” [6]

 

 

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NOTAS

[1] “Jejum e Ofertas” em Tópicos do Evangelho.

[2] História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pg. 161

[3] Conferência Geral Abril de 2015.

[4] Spencer W. Kimball, O Milagre do Perdão (1969), p. 98.

[5] Conferência Geral Outubro de 2014.

[6] A Liahona, Agosto de 2016.

| Inspiração
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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