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Por Que O Nascimento de Jesus Cristo Importa?

Outro dia vi uma publicação de um colega em uma rede social, da qual não me recordo exatamente, mas era mais ou menos o seguinte: No mundo de hoje, o lendário Papai Noel tem se tornado a estrela da comemoração, e Jesus Cristo uma figura lendária. Mesmo com essa crescente tendência consumista, ainda existem muitas pessoas que focam no verdadeiro sentido do Natal: O nascimento de Jesus Cristo.

Jesus Nascimento NatalMuitas pessoas no mundo Cristão aprendem isto, mas nem todas compreendem por que esta data é importante. Mesmo apesar de todos saberem que Cristo não nasceu em dezembro, e de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias também professar a crença de que ele nasceu em abril[1], o que devemos lembrar é que celebramos o  advento do seu nascimento e não a data do seu aniversário. Mas por que o nascimento de Cristo é importante na minha vida?

Muitas pessoas veem Cristo como um homem bom, que pregou o bem e que foi um bom líder com exemplos perfeitos. Que seus discursos e serviços eram tão bons que ele conseguiu arrebanhar milhares à sua doutrina mesmo após seu martírio. Porém, para nós, Santos dos Últimos Dias ou Mórmons, ele é muito mais do que isso; ele é O Salvador da Humanidade, o único capaz de nos redimir de nossos pecados. Ele é aquele que foi anunciado que viria ao mundo. Mas por que ele veio, e do que ele deveria nos redimir e nos salvar?

Para compreendermos isto, precisamos primeiro compreender e aprender sobre no plano de Salvação ou plano de felicidade, que nos foi apresentado primeiramente na nossa existência pré-mortal.

O Grande Plano de Felicidade

Vivíamos com Deus antes da formação deste mundo[2], e relatam as escrituras que progredíamos e nos regozijávamos[3]. Chegamos a um ponto em que para que pudéssemos continuar a evoluir precisaríamos de um desafio maior, que envolvesse a mortalidade, que nos daria um corpo físico para sermos testados, longe das mansões do pai, para que desta forma provássemos nossa dignidade de retornar a Deus e sermos participantes com ele na exaltação[4].

Vida Pré MortalEntretanto, uma das coisas que viria com a mortalidade era nossa imperfeição, e estávamos cientes que cederíamos ao pecado e precisaríamos de um redentor para nos livrar e nos trazer de volta. Foi então que apoiamos a Cristo neste evento que culminou com uma rebelião, na qual um terço dos espíritos foram expulsos e privados de participar deste grande plano[5].

O que é importante salientar é o fato de que sabíamos que por nós mesmos não poderíamos voltar a presença de Deus. A maior evidência disto é que apoiamos a vinda de Cristo para nos redimir de nossos pecados. Mas então por que não nos lembramos disto, não seria mais fácil? Teoricamente sim, mas não haveria progresso, o que fugiria da sabedoria de Deus, e do plano onde teríamos de provar sermos merecedores da exaltação sem a influência direta das nossas lembranças da vida pré-mortal e seria necessário que desenvolvêssemos a fé[16], e não que vivêssemos pelas lembranças.

A Criação e a Queda

Adão e Eva
O próximo passo era prover uma terra onde esse plano pudesse ser executado. Criou Deus a terra em seis períodos, e nele colocou Adão e Eva, e mandou que eles multiplicassem e fossem felizes[6]. Também ordenou Deus que de todos os frutos comessem, menos do fruto do conhecimento do bem e do mal, mas que lhes seriado dado escolher segundo sua própria vontade. Muitos criticam e amaldiçoam Adão e Eva por terem desobedecido ao pai e comido do fruto, mas esta parte estava dentro dos planos. Não que Deus desejasse que fosse desobedecido, mas que pela própria escolha, a humanidade soubesse discernir o bem do mal, e descobrisse que tudo tem o seu oposto. Adão e Eva usaram o arbítrio para conhecer estas coisas. Nunca acharam estranho a árvore que produzia o “fruto proibido” se chamar árvore do conhecimento do bem e do mal? [7] Pois esse foi o efeito deles sobre os nossos primeiros pais. As consequências que seguiram também estavam planejadas: Tornaram-se mortais! A morte é o limitador de nossa vida. É o tempo que temos para nos prepararmos para voltarmos a Deus. [17].

Hoje, herdamos essa característica deles, e não os pecados. Pagamos somente pelos nossos pecados, não pela transgressão deles.[8] Nós, como humanos, temos o direito de usar nosso arbítrio, e pelas nossas imperfeições, muitas vezes usamos de maneira indevida, o que nos torna pecadores. Aprendemos dos escritos sagrados que nada impuro pode habitar na presença de Deus[9] então como fazemos para voltar ao nosso Pai Celeste?

A Redenção

O profeta Leí, do Livro de Mórmon, nos ensinou o seguinte princípio:

“E os homens são ensinados suficientemente para distinguirem o bem do mal. E a lei é dada aos homens. E pela lei nenhuma carne é justificada; ou seja, pela lei os homens são rejeitados. Sim, pela lei natural foram rejeitados e também pela lei espiritual são privados daquilo que é bom; e tornam-se miseráveis para sempre. ”[10]
Crucificação Cruz
Deus é perfeito, e não pode quebrar as próprias leis que ele criou, senão ele deixaria de ser perfeito e consequentemente deixaria de ser Deus. Era necessário alguém que fosse puro e imaculado; alguém que vivesse em perfeição para que redimisse a humanidade dos seus pecados. Por isso foi Cristo preparado e enviado ao mundo. Leí prossegue ensinando:

“Portanto, a redenção nos vem por intermédio do Santo Messias; por que ele é cheio de graça e verdade. Eis que ele se oferece em sacrifício pelo pecado, cumprindo, assim, todos os requisitos(…)”[11]

Esse Messias é Cristo. Messias significa o ungido, e a forma grega para isto é Cristo[18]. Assim como Leí, outros profetas do Livro de Mórmon e do Velho Testamento profetizaram e testificaram a respeito da vinda do Salvador.

Cristo então nasceu em Belém, a partir da virgem Maria, foi batizado, e iniciou seu ministério. Ordenou os doze apóstolos, fez milagres e maravilhas entre os homens. Mas o evento principal que o qualificou como Salvador e Redentor da humanidade não foi visto pela multidão. Somente seus apóstolos estavam com ele naquela noite, e pelo relato nem eles viram direito o que estava acontecendo.

Ás vésperas de ser pego e crucificado, ele saiu para orar no monte das oliveiras, a um local chamado Getsêmani com seus Apóstolos. Lá, ele pôs-se a orar durante a noite toda. Foi quando ele tomou sobre si os pecados da humanidade. Naquela noite, aconteceu a grandiosa e eterna explicação pelos pecados de toda a humanidade. Gosto de ler o relato que Lucas fez deste evento, conforme registrado no novo testamento:

“(…) e pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice, porém não se faça a minha vontade, senão a tua. E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia. E posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor fez-se como grandes gotas de sangue, que corriam até o chão. ” [12]

Naquele momento, ele tomou sobre si todos os pecados da humanidade. Um processo muito além de nossa compreensão. Tão grande era seu sofrimento mental, sua dor interna, e a pressão da responsabilidade, que ele suou sangue pelos seus poros. Consegue imaginar tamanha dor e sofrimento? Seu sacrifício continuou com sua morte na Cruz, e terminou com a ressurreição ao terceiro dia após a crucificação.

Com isto, ele termina sua redenção! No jardim do Getsêmani, ele expiou pelos pecados, o primeiro efeito da queda. Com a ressurreição, nos redime da morte física, a segunda consequência da queda de Adão. O apóstolo Paulo ensinou este princípio em sua epístola aos Coríntios, quando ele disse que Cristo foi o primeiro a ressuscitar, e que assim como a morte veio por um homem (Adão) assim também a ressurreição veio por um homem (Cristo). Pois assim como todos morrem em Adão, todos serão vivificados em Cristo. [13] Jó, do velho testamento, entendia essa missão de Cristo e demonstrou isso quando declarou que depois de consumida a (sua) pele, ainda em (sua) carne veria a Deus. [14]

Assim ele terminou todos os preparativos para a humanidade, para que aquele grande plano do Pai, sua obra e sua glória, fossem levadas a efeito. Hoje, rendemos graças a Cristo, por ele ter dados sua vida para tornar a tomá-la, por ter pago pelos nossos pecados. Por este motivo, ele é tão importante nas nossas vidas. Pois falamos de Cristo, para que todos possam saber onde encontrar a remissão de seus pecados.[15]

Por mais que seja divertido trocar presentes, festejar com amigos e a família, decorar a casa , cantar cantigas e trocar presentes; o mais importante é lembrar que nasceu Jesus Cristo, o Redentor e Salvador da humanidade. Não importa que não tenha sido em dezembro, o que importa é que Ele nasceu, cumpriu sua missão, e nos aguarda. Que possamos ponderar mais a respeito do significado e das consequências que o nascimento de Jesus de Nazaré, O Cristo, fez para toda a humanidade e especialmente a diferença que isto pode fazer em minha vida.

Fontes:

[1] A Liahona, outubro de 1973, p. 35; agosto de 1975, p. 40
[2] Jeremias 1:5, Moisés 6:51
[3] Jó 38:7
[4] Abraão 3:24-26
[5] Apocalipse 12:7-9, Judas 1:6, Abraão 3:27-28, Moisés 4:1-4
[6] Gênesis 1:26-28

| Fé em Jesus Cristo
Publicado por: Reinaldo Oliveira
Serviu na missão Brasil Curitiba e gosta de aprender sobre o Evangelho de Jesus Cristo. Um mineiro que adora comer frango com quiabo e angu. Amante de cinema, literatura, música, séries e culinária. Estudante de Engenharia. Fã de Star Wars e do universo nerd.
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