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Líderes SUD Reafirmam a Proclamação Sobre a Família e Condenam o Racismo

Pela primeira vez em 54 anos o Presidente Thomas S. Monson não participou de nenhuma sessão da conferência geral da Igreja SUD, mas os ensinamentos doutrinários e conselhos do líder profeta ressoaram pelas sessões de sábado da conferência.

Conferência

Os líderes da Igreja reafirmaram a doutrina da fé na natureza divina da família, citaram a proclamação da família, condenaram o racismo e responderam ao discurso do Presidente Monson na conferência de abril passado convidando os fiéis a estudar o Livro de Mórmon diariamente. Eles também oraram por ele e compartilharam mensagens de amor e gratidão pelo presidente da Igreja durante o segundo dia da conferência geral semestral Nº 187 de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

O Presidente Henry B. Eyring e o Presidente Dieter F. Uchtdorf, os outros dois membros da Primeira Presidência, falaram sobre a divindade dos chamados na Igreja, o desejo de retornar ao Pais Celestiais e o bem-estar espiritual. Outros líderes pediram aos membros que seguissem a Cristo mais completamente sem desanimar ou tornar-se vítima do “perfeccionismo obsessivo”.

Quase 60.000 pessoas vieram do mundo todo para o Centro de Conferências no centro de Salt Lake City para as três sessões de sábado, seguidas por mais duas sessões no domingo, com doutrina, devoção e música. Milhões de outras pessoas em 180 países assistiram à conferência por meio de transmissões.

“O plano do evangelho que toda família deve seguir para se preparar para a vida eterna e para a exaltação está descrito na proclamação de 1995 da Igreja, A Família: Proclamação ao Mundo”, disse o Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos.

O Presidente Monson e Élder Oaks estavam entre os líderes da Igreja que emitiram a Proclamação sobre a Família, que declara que Deus ordenou que “os poderes sagrados de procriação sejam empregados somente entre homem e mulher, legalmente casados”.

O Élder Oaks disse que o Quórum dos Doze, em oração, considerou o que a proclamação diria. Ele a descreveu como um processo de revelação, guiado por inspiração. Ele a chamou de uma declaração de verdades eternas, a vontade de Deus para Seus filhos.

“Ela tem sido o alicerce dos ensinamentos e das práticas da Igreja nos últimos 22 anos, e assim continuará sendo no futuro”, ele disse. “Considerem-na como tal, ensinem a respeito dela, vivam de acordo com ela, e vocês serão abençoados.”

Demandas Conflitantes

Ele reconheceu que a proclamação pode representar desafios difíceis para os santos dos últimos dias porque suas “declarações são, natural, óbvia e visivelmente diferentes de algumas leis, práticas e direitos atuais.” O conflito pode gerar conflitos entre familiares, amigos e empregadores que não acreditam nos princípios do evangelho. Ele observou especificamente, “Em nossos dias, as diferenças mais evidentes são a coabitação antes do casamento, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a criação de crianças envolvidas em tais relacionamentos”.

“Precisamos tentar equilibrar a necessidade de seguirmos a lei do evangelho em nossa vida pessoal e no que ensinamos e, ao mesmo tempo, procurarmos demonstrar amor a todas as pessoas. Ao fazê-lo, às vezes enfrentaremos o que Isaías chamou de ‘o opróbrio dos homens’.”

O Élder Oaks ensinou anteriormente que os membros da Igreja devem submeter à decisão da corte suprema dos EUA  que autorizado o casamento entre pessoas do mesmo sexo, evitar a discriminação de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, e a amar os outros e conviver com as diferenças.

Racismo Imoral

O Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze, condenou o racismo, advertiu contra o orgulho e a arrogância e traçou a distinção entre a humildade e um uso moderno do termo “autêntico”.

“Qualquer um que reivindique superioridade dentro do plano do Pai devido a características como raça, sexo, nacionalidade, língua ou situação econômica”, disse o Élder Cook, “está moralmente errado e não compreende o propósito real do Senhor para todos os filhos de Deus”.

Ele chamou o exemplo de Cristo de humildade e sacrifício de “o acontecimento mais grandioso da história”, mas disse, “Infelizmente, em nossos dias, em quase todos os segmentos da sociedade, vemos a ostentação de presunção e arrogância enquanto a humildade e a prestação de contas a Deus são depreciadas. Grande parte da sociedade perdeu sua sustentação e não compreende por que estamos na Terra.  Raramente se evidencia a verdadeira humildade, que é essencial para alcançar o propósito do Senhor para nós”.

O Élder Cook disse que é importante entender a magnitude da humildade, da retidão, do caráter e da inteligência de Cristo e que é tolice subestimar a necessidade de se esforçar continuamente para obter essas qualidades.

Humildade x ‘autenticidade’

Ele disse que a humildade é fundamental e criticou uma aplicação moderna de autenticidade.

“No mundo de hoje, existe uma maior ênfase no orgulho, na autovalorização e na chamada ‘autenticidade’, que, por vezes, leva à falta de humildade verdadeira”, ele declarou.

“As escrituras defendem uma abordagem diferente”, ele disse. Elas sugerem os verdadeiros discípulos prestam contas a Deus e têm uma abordagem humilde em relação à vida.

“Alguns usam a palavra ‘autêntico’ erroneamente, como uma celebração do homem natural e das qualidades que são o oposto de humildade, bondade, misericórdia, perdão e civilidade”, disse ele. “Podemos celebrar nossa singularidade como filhos de Deus sem usarmos a autenticidade como desculpa para um comportamento não cristão.”

Seguir o Profeta

O Presidente Russell M. Nelson, Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, disse que ele seguiu o conselho do Presidente Monson de estudar o Livro de Mórmon todos os dias.

Ele convidou os ouvintes a fazerem o mesmo e a considerar três perguntas — “Primeira, como sua vida seria sem o Livro de Mórmon? Segunda, o que você não saberia? Terceira, o que você não teria?”

Ele disse que o Livro de Mórmon proporciona conhecimento adicional aos ensinamentos cristãos sobre a vida após a morte e fornece a mais completa compreensão da Expiação de Jesus Cristo.

“Essas e outras verdades são ensinadas de forma mais poderosa e persuasiva no Livro de Mórmon do que em qualquer outro livro”, disse o Presidente Nelson. “O poder do evangelho de Jesus Cristo em sua totalidade está contido no Livro de Mórmon. Ponto final.”

Ele pediu aos membros que aprendam que o livro “é indiscutivelmente a palavra de Deus. Devemos sentir isso tão profundamente que jamais desejaremos viver um dia sequer sem esse sentimento.”

Líderes Imperfeitos

O Presidente Eyring, primeiro conselheiro na Primeira Presidência, pediu aos membros que adiem os julgamentos sobre os líderes até eles consigam ver o que o Senhor viu no chamado deles.

“Em vez disso”, ele disse, “vocês devem constatar que vocês têm a capacidade de receber revelação e agir de acordo com ela sem temor.”

“Nenhum desses irmãos pediu para receber seu chamado. Ninguém é perfeito”, ele afirmou.

“Meu propósito hoje é edificar sua fé para saberem que Deus os guia no serviço que prestam a Ele. E, ainda mais importante, espero edificar sua fé que o Senhor inspira as pessoas imperfeitas que Ele chamou para ser seus líderes”, ele declarou aos homens na sessão do sacerdócio da conferência.

Ele acrescentou: “É preciso fé e humildade para servir em nosso chamado, para confiar que o Senhor chamou a nós e àqueles que nos presidem e para apoiá-los com toda a fé.”

A enfermidade espiritual às vezes vem como resultado do pecado ou de feridas emocionais, criando a ausência de luz divina, disse o Presidente Uchtdorf, segundo Conselheiro na Primeira Presidência, na sessão do sacerdócio no sábado à noite.  O bem-estar espiritual inclui encontrar cura da estagnação e percorrer um caminho de saúde espiritual vibrante.

“Encontramos cura espiritual ao nos afastarmos das sombras do mundo e ao nos aproximarmos da eterna luz de Cristo”, disse ele. Ainda acrescentou: “aquele que humildemente seguir  a Jesus Cristo viverá em Sua luz e compartilhará dela. E essa luz aumentará até finalmente afastar as mais profundas trevas.”

Como portadores do sacerdócio de Deus e vocês são portadores de Sua luz, acrescentou ele.  Cada vez que um portador do sacerdócio ora humildemente, perdoa, é perdoado busca a palavras de Deus nas escrituras, sacrifica-se, rejeita a tentação e escolhe ser puro e testificar a verdade com destemor, a luz cresce nele.

“É nossa missão buscar o Senhor até que Sua luz de vida eterna resplandeça dentro de nós e nosso testemunho se torne forte e seguro, até mesmo em meio às trevas.”

Esforço vigoroso

Muitos dos 17 oradores do dia incentivaram os membros a seguir a Cristo mais plenamente, mas os aconselharam também a não desanimar ou tornarem-se vítimas do “perfeccionismo tóxico”.

O Presidente Uchtdorf, que falou de manhã, disse que os filhos de Deus têm o desejo de retornar a seus Pais Celestiais. Ele e outros disseram que eles se perguntam como estão se saindo.

“Com frequência, ao olharmos para nós mesmos, vemos apenas nossas limitações e deficiências”, disse o Presidente Uchtdorf. “Talvez pensamos que precisamos ser ‘mais” em algum ponto para que Deus possa nos usar: mais inteligentes, mais ricos, mais carismáticos, mais talentosos, mais espirituais.”

O Élder Jeffrey R. Holland do Quórum dos Doze disse que ele ouve muitos na Igreja que lutam com os próprios pensamentos tentando descobrir se são bons o suficiente, se estão aquém do esperado ou se estão à altura.

“Para Alguns”, ele disse, “(Satanás) faz com que, devido aos ideais e à inspiração do evangelho, algumas pessoas passem a se odiar e se sentir desprezíveis. (…) Como filhos de Deus, não devemos nos desvalorizar nem nos rebaixar”.

Nossos defeitos não devem nos levar ao desespero, acrescentou o Élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze.

“Não podemos nos contentar em permanecer como somos, mas também não podemos ficar desanimados”.

A vida sem pecado de Cristo sugere a necessidade de “um esforço vigoroso de nossa parte”, disse o Élder Christofferson. Seus discípulos devem sempre contemplar as qualidades e o caráter de Cristo.

“Ao partilharmos do pão e da água sacramentais a cada semana, bem faríamos em ponderar o quão plena e completamente devemos incorporar Seu caráter e o padrão de Sua vida sem pecado em nossa própria vida e identidade”, ele disse.

Perfeição no final

Comparar a melhoria pessoal e as falhas é algo que não precisamos fazer sozinhos, disse o Presidente Uchtdorf.

“As bênçãos não virão tanto por causa de nossas habilidades, mas devido a nossas escolhas”, ele disse “E o Deus do Universo agirá dentro de você e por seu intermédio, magnificando seus humildes esforços para os propósitos Dele.”

A Igreja é como um rebanho.

“O Senhor estabeleceu A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias para ajudá-lo em seu compromisso de servir a Deus e ao próximo”, ele declarou.  “O propósito da Igreja é incentivar, ensinar, erguer e inspirar.”

O Élder Holland alertou que o desenvolvimento pessoal continuará na eternidade onde, no final, “nosso refinamento será finalizado e completo”.

“Cada um de nós aspira ter uma vida mais semelhante a Cristo do que normalmente conseguimos ter”, ele disse. “Se admitimos isso honestamente e estamos tentando melhorar, não somos hipócritas, somos, humanos.”

Ele e o Élder Christofferson disseram que os discípulos de Cristo podem encontrar ajuda na Deidade e em seus companheiros fieis. Eles devem procurar a santidade no templo, em seus casamentos, famílias e lares, no dia do Senhor e na vida diária.

“Nos esforcemos na mortalidade para alcançar um progresso constante, mas sem a obsessão que os cientistas comportamentais chamam de ‘perfeccionismo tóxico’, disse o Élder Holland.

Servir localmente

A Irmã Bonnie L. Oscarson, presidente geral das Moças, expressou gratidão aos membros da Igreja que se reuniram para ajudar as pessoas afetadas por desastres naturais no mundo todo, mas ela incentivou-os a não perder as oportunidades para servir localmente.

“Nós nos sentimos tocados quando vemos sofrimento e grandes necessidades no outro lado do mundo, mas pode ser que não percebamos uma pessoa sentada ao nosso lado na classe”, disse ela.  “De que serve salvar o mundo se negligenciarmos as necessidades dos que estão mais próximos de nós e dos que mais amamos?  Quanto valor existe na fixação do mundo, se as pessoas ao nosso redor estão caindo aos pedaços e não notamos? O Pai Celestial colocou perto de nós aqueles que mais precisam de nossa ajuda, sabendo que estamos mais capacitados para atender suas necessidades.”

Ela incentivou os membros a começar na família, ala e comunidades locais.

O Élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze, comparou o sacerdócio a um foguete.

“A oportunidade de nos beneficiar do poder da Expiação do Salvador é a carga mais importante”, ele disse. “Para que os propósitos do Pai Celestial sejam cumpridos, o poder da Expiação de Cristo precisa estar disponível aos filhos de Deus. O sacerdócio transporta essas oportunidades. Ele é o foguete.”

O sacerdócio permite que todos façam convênios e recebam ordenanças, o Élder Renlund adicionou.

“O poder da Expiação de Jesus Cristo é essencial porque nenhum de nós pode retornar a nosso lar celestial sem ajuda”, disse ele.

Óculos do Evangelho

O Élder Gary E. Stevenson, do Quórum dos Doze incentivou os membros da Igreja a colocar o equivalente a óculos para eclipse do evangelho.

“Não deixem que as distrações da vida ofusquem a luz dos céus”, ele disse.

Os óculos com lentes especiais filtradas permitem que os telespectadores evitem a cegueira durante eclipses solares.

“Da mesma forma que a Lua, que é tão pequena, pode ofuscar o magnífico Sol e extinguir sua luz e seu calor, um eclipse espiritual pode ocorrer quando permitimos que obstáculos pequenos e complicados cheguem tão perto que ofusquem a magnitude, o esplendor e o calor da luz de Jesus Cristo e de Seu evangelho.”

O orgulho e as mídias sociais que distorcem a realidade podem causar eclipses espirituais, ele disse, bloqueando a luminosidade e o calor do evangelho. O orgulho, ele acrescentou, é o oposto da humildade, que ele definiu como a disposição de submeter-se a vontade do Senhor.

Eventos significativos se desdobram no evangelho, na Igreja e na vida que não acontecem por acaso, mas por desígnio de Deus, disse o Élder Ronald A. Rasband, do Quórum dos Doze. O arbítrio faz parte de Seu “plano divino”, porque todos têm “a escolha de seguir ou não seguir nosso Salvador e Seus líderes escolhidos”.

Desígnios Divinos

“Quando somos justos, capazes, estamos dispostos e nos esforçamos para ser dignos e qualificados, progredimos como nunca imaginamos e nos tornamos parte do ‘desígnio divino’ do Pai Celestial”, afirmou ele.

Ele pediu aos membros que reconheçam os desígnios divinos em sua vida.

“Pensem nesses momentos, alguns que acontecem diariamente, quando o Senhor agiu em sua vida, e depois agiu novamente”, ele disse.  “Valorizem-nos como momentos em que o Senhor mostrou confiança em vocês e em suas escolhas.  Mas, permitam que Ele faça mais por vocês do que vocês mesmos podem fazer por si próprios. Valorizem Seu envolvimento.  Às vezes, achamos que as mudanças em nossos planos são erros em nossa jornada. Pensem neles como os primeiros passos para estar ‘a serviço do Senhor’.

A conferência começou dia 23 de setembro com as sessão das mulheres. No final de semana seguinte, teve mais 2 sessões gerais e a sessão do sacerdócio no sábado e 2 sessões gerais no domingo no Centro de Conferências.

Escrito por Tad Walch e traduzido por Luciana Fiallo Alves

Fonte: www.deseretnews.com


Saiba mais sobre o documento A Família: Proclamação ao Mundo:

A Família: Proclamação ao Mundo:

Os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, são mundialmente conhecidos por suas crenças e grande ênfase nas famílias. Há uma declaração chamada A Família: Proclamação ao Mundo que sintetiza muitas de nossas crenças e gostaríamos de convidá-los a lê-la aqui: A Família: Proclamação ao Mundo
Como Igreja mundial, vemos as tristezas e calamidades pelas quais passam membros de todo o mundo e somos muito gratos por ter refúgios que chamamos pelo nome de família. Nesta proclamação podemos ver que em um mundo tão decaído espiritualmente, somos ricamente abençoados por termos famílias fortes e firmemente alicerçadas em Cristo e em seu Evangelho.

Esta proclamação foi lida pelo Presidente Gordon B. Hinckley como parte de sua mensagem na Reunião Geral da Sociedade de Socorro, realizada em 23 de setembro de 1995 em Salt Lake City, Estado de Utah, EUA.

Saiba mais sobre o aniversário de 22 anos da Proclamação:

https://mormonsud.net/artigos/fe/familia/a-familia-proclamacao/

| Profetas Hoje
Publicado por: Luciana Fiallo
Tradutora e intérprete de formação e paixão. Escolheu essa profissão para, no futuro, poder fazer lição de casa com os filhos e continuar trabalhando.
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