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A importância de se fazer Perguntas

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Durante a sua visão João, em Apocalipse 7:13-14, foi indagado por um dos Élderes sobre a multidão de santificados. Sua resposta permitiu que o Senhor especificasse as bênçãos que todo fiel pode receber. O Senhor frequentemente usa perguntas para ensinar seus filhos. Às perguntas no evangelho podem ser classificadas basicamente em quatro tipos: perguntas de compromisso; perguntas para lembrar; perguntas para pensar e perguntas do coração.

As perguntas de compromisso são aquelas que exigem um “sim” ou um “não” como resposta. São perguntas diretas, simples e que requerem uma ação posterior do receptor. Encontramos, por exemplo, o Salvador fazendo esse tipo de pergunta a Pedro: “Simão, filho de Jonas, amas-me?” (João 21:15-17). A resposta de Pedro não deveria incluir apenas um “sim”, mas também uma atitude consciente de apascentar as ovelhas de Deus.

As perguntas para lembrar são aquelas que exigem o uso da memória – tal como quando o Senhor perguntou aos discípulos no Novo Mundo se as profecias de Samuel haviam se cumprido e porque, afinal, elas não haviam sido registras. “E aconteceu que Néfi se lembrou de que isso não havia sido escrito. E aconteceu que Jesus ordenou que fosse escrito; por conseguinte foi escrito, como ele ordenou.” (3 Néfi 23:9-13)

As perguntas para pensar são aquelas feitas para que novas conclusões sejam visualizadas – ou seja, para que o receptor da pergunta tenha sua compreensão magnificada e patamares mais elevados sejam alcançados. Quando o Senhor perguntou a Adão onde Ele estava (Genesis 3:9), não era porque Ele, Deus, que é onisciente e onipresente, não conhecia a localização de Adão – mas porque ele, Adão, precisava aprender algo sobre si mesmo. O mesmo vale para centenas de perguntas feitas pelo Senhor em todas as escrituras. Vemos as perguntas para pensar distintamente, por exemplo, na ocasião em que o Senhor apareceu ao irmão de Jarede. O Senhor lhe perguntou: “porque caíste?” (Éter 3:7) Essa era umapergunta exigia a consideração de uma nova situação que o irmão de Jarede se encontrava, portanto lhe permitia verificar sua condição frágil e o grande poder e os atributos de Deus. A segunda pergunta de Deus ao irmão de Jarede revela uma prova de fé e um convite ao aprendizado: “Viste mais que isso?” (Éter 3:9) Essa é uma pergunta para meditar também, mas que permitia que o irmão de Jarede expressasse seu desejo profundo de aprender os mistérios de Deus. Já a próxima pergunta era uma pergunta de compromisso: “Crês nas palavras que eu direi?” Exigia um sim ou não como resposta e uma ação correspondente a afirmação. Elas instigam a mente e o espírito. Evidentemente as perguntas de compromisso e para lembrar exigem operações mentais – mas as perguntas para pensar geram um entendimento que a princípio não esta armazenado na mente.

As perguntas do coração, ou perguntas da alma, também fazem com que as pessoas reflitam sobre algo que já aprenderam ou achem novas soluções e entendimento – mas elas envolvem as coisas do espírito. A resposta a essa pergunta geralmente é uma expressão de fé e testemunho – uma resposta espiritual. Muitas vezes, entretanto, a pergunta da alma não será seguida de uma resposta imediata, pois tem um efeito penetrante tal que cerra a boca e permite uma longa introspecção.
Quando o Senhor pergunta a Pedro quem seus discípulos julgam ser Ele, e Pedro responde com seu testemunho dizendo que Jesus é o Cristo, esse é um claro exemplo de uma pergunta do coração (Mateus 16:15-16). Outro exemplo de uma pergunta do coração e quando o Senhor diz: “Pois, qual é mais fácil? dizer: perdoados te são teus pecados; ou dizer: levanta-te e anda?” (Mateus 9:5)
As perguntas do coração são as perguntas mais importantes a serem feitas. Às vezes são duras, tais como as de Alma ao perguntar: “Podereis pensar em ser salvos,quando vós haveis deixado subjugar pelo diabo?” (Alma 5:20) O intuito dessas profundas questões sempre é o de salvar. Por isso são sinceras e cheias de poder espiritual.

Embora uma classificação de perguntas possa ser útil para analisar as escrituras, o mais importante é entender que quando um pergunta é feita pelo Espírito Santo provoca um efeito extraordinário para o bem. Nas teofanias e ministração de anjos e profetas aos filhos amados de Deus encontramos perguntas. Por exemplo, às perguntas tem um papel importante na visão de Néfi. Em vez do anjo explicar detalhadamente a Néfi, lhe convidava a meditar e a chegar a suas próprias conclusões: “Néfi, que vês tu?” (1 Néfi 11:14) As perguntas no evangelho permitem o uso correto do arbítrio, que consequentemente qualifica o recebedor da pergunta a sentir e aprender mais. Além disso, quando as próprias dúvidas e perguntas são solucionadas gozamos da recompensa de nossos próprios esforços e encontramos uma alegria profunda, que ultrapassa o beneficio trazido pela resposta almejada.

 

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ADENDO

O Pregar Meu Evangelho, manual usado na obra missionária, ensina a importância de perguntas e como elas podem abençoar os filhos de Deus: “Jesus Cristo frequentemente fazia perguntas para ajudar as pessoas a ponderar os princípios e aplicá-los. Suas perguntas faziam com que as pessoas pensassem, meditassem e assumissem compromissos. As boas perguntas ajudarão você compreender os interesses, preocupações ou dúvidas que as pessoas têm. Elas podem melhorar seu ensino, convidar o Espírito e ajudar seus pesquisadores a aprender. (…) As boas perguntas podem levar os pesquisadores a perguntarem quando não compreenderem, quando tiverem uma dúvida ou quando quiserem saber o que fazer. As boas perguntas podem ajudar as pessoas que você estiver ensinando a expressarem seus sentimentos e ao fazê-lo descobrirem que estão desenvolvendo um testemunho. (…) Aprenda a fazer perguntas quando for inspirado pelo Espírito. O tipo certo de pergunta no momento certo pode ajudar imensamente os seus pesquisadores a aprenderem o evangelho e a sentirem o Espírito. Da mesma forma, o tipo errado de pergunta feita no momento errado pode interferir com o aprendizado das pessoas. Para fazer a pergunta adequada no momento certo é preciso que você esteja em sintonia com o Espírito, ouça as pessoas que você estiver ensinando e se concentre durante toda a aula. O ensino eficaz pode ser um trabalho árduo, exigindo que você e seu companheiro tenham muita concentração e esforço. (“Técnicas de Ensino -Fazer Perguntas”, pg. 198-199)

| Inspiração
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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