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Os 6 Pecados Capitais dos Religiosos em Redes Sociais

correntes

Em uma era onde praticamente qualquer informação está a apenas um clique de distância, há anos muito tem sido dito sobre a necessidade e os benefícios de utilizar a internet e tecnologia disponível como ferramentas na obra missionária. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é provavelmente o ramo religioso que alcança mais sucesso na utilização da internet e redes sociais no meio religioso, tendo já sido mencionada em canais de comunicação como a Revista Forbes, que analisou o eficiente resultado da Igreja em palavras chaves (como Bíblia, Jesus Cristo, amigo, escrituras, etc) em sistemas de busca na Internet e o fato de sites oficiais ou não-oficiais sempre estarem entre os primeiros resultados.

A Internet e redes sociais de fato são locais que possibilitam a qualquer indivíduo oportunidades de promover suas crenças e edificar ao próximo. A falta de “etiqueta” ao se engajar na obra missionária online, entretanto, tem o potencial de anular os bons resultados e causar danos severos na credibilidade do Evangelho Restaurado. Listamos abaixo 6 práticas a serem erradicadas de nosso comportamento online ao pregar o Evangelho.

1. Sempre verifique a fonte da informação

Apesar de ser uma das coisas mais básicas necessárias ao lidar com informações na Internet, vemos praticamente o tempo todo em redes sociais pessoas que adotam ou abandonam opiniões baseando-se em informações de procedência duvidosa. Quando se trata do Evangelho, é essencial que analisemos a fonte de qualquer informação relacionada à Igreja (ou qualquer assunto) antes de permitirmos que qualquer influência seja exercida sobre nossa opinião, seja a informação à favor ou contra a Igreja.internet computador

Desconfie de artigos repletos de citações ou informações históricas cujas fontes não sejam claramente mencionadas ou não possam ser verificadas. Crie o hábito de SEMPRE questionar: “Qual é a fonte dessa informação?”… “Quem disse isso?”… “Quando e onde essa informação foi publicada?”… e assim por diante. Lembre-se, que o fato de algo possuir uma fonte verificável não necessariamente significa que a informação é verdadeira e a conclusão é fiel. Entretanto, o fato de uma informação ser publicada sem fonte caracteriza quase que imediatamente que o conteúdo não é digno de credibilidade ou até mesmo de consideração, a menos que ela seja de teor lógico ou baseado em senso comum.

Então da próxima vez em que ler uma “notícia” ou informações bombásticas positivas ou negativas a respeito do Evangelho, procure referências que deem margem às afirmações realizadas e caso não as encontre, não dê ao artigo poder sobre sua opinião.

2. Nem tudo deve ser compartilhado

Basta abrir nossa conta no Facebook para perceber que com o advento da internet e redes sociais, muita besteira ou informações que não acrescentam em absolutamente em nada é diariamente compartilhada, criando um “dilúvio” de abobrinhas cibernéticas. Resista à tentação de compartilhar tudo o que vê pela frente e com o tempo sua opinião ganhará mais atenção e credibilidade das pessoas que o seguem ou são seus amigos em redes sociais. Pessoas que “falam demais” no ambiente virtual tendem com o tempo a serem ignoradas quando decidem compartilhar suas opiniões sobre assuntos que realmente necessitam de atenção.

3. Defender a verdade com bons argumentos

Seguindo os pontos 1 e 2 mencionados anteriormente, é muito importante que ao se engajar na defesa do Evangelho Restaurado, você o faça utilizando argumentos sólidos ao invés de vagas afirmações. 9 em cada 10 vezes que alguém decide defender uma opinião sem conhecer suficientemente o assunto, maus (ou falsos) argumentos são utilizados com a nobre intenção de defender a verdade. Defender o Evangelho com maus argumentos, nesse caso, causa muito mais danos do que simplesmente silenciar-se a respeito do assunto. Dizer “eu não sei” não é um sinal de fraqueza, mas de honestidade intelectual. Ninguém é obrigado a ter na ponta da língua as respostas para todas as perguntas lançadas por críticos. Sua responsabilidade inicia, entretanto, em como abordará a crítica quando ela é realizada.

Um bom argumento geralmente é reforçado com lógica, referências verificáveis e/ou experiência pessoal. A utilização de maus argumentos para defender o Evangelho é frequentemente a causa primária pelo qual religiosos em muitos casos são vistos como fanáticos ou alienados. Alguns exemplos de maus argumentos utilizados “em favor” da verdade que já presenciei incluem:

* Artigos com supostas descobertas bombásticas que não podem ser verificadas em nenhum canal sério de comunicação. Por ex: “Encontrada partes da Arca de Noé”… “Encontrada placas de latão enterradas no Monte Cumôra”… “Cientista prova a existência de Deus fazendo isso, isso e isso”… etc

* Informações que apelam para o lado sentimental. Esses normalmente se disfarçam sob o manto de historinhas bonitinhas que tem como objetivo “embelezar” o Evangelho para que ele seja mais facilmente aceito e digerido por quem o ouve. Alguns exemplos incluem relatos de terceira mão (algo do tipo fulano disse, que sicrano disse que tal pessoa disse) de milagres, histórias de visões ou grandes revelações atribuídas a líderes da Igreja sem referência verificável, ou qualquer informação que precise despertar emoções para amenizar o fato de que elas não possuem nenhuma evidência de que são reais.

* Negacionismo. Simplesmente negar a informação que gera conflito sem analisá-la, descobrindo se ela é verdadeira e qual é seu contexto. Muito dos ataques aos membros da Igreja por nossos detratores são baseados em informações parcialmente verdadeiras, mas que foram respondidas como “isso é tudo mentira” por membros que sinceramente acreditavam estar fazendo um serviço a favor de Cristo. O resultado nesses casos é a transmissão da imagem de que somos alienados ou que sofremos dissonância cognitiva.

4. Saber lidar com a oposição nas redes sociais

No momento em que você decidir compartilhar sua opinião sobre praticamente qualquer assunto, juntamente com essa disposição, é preciso adquirir a capacidade de responder positivamente à críticas, algo que sempre ocorrerá tão certo como o sol brilhará amanhã. Nem toda crítica recebida é necessariamente uma mentira. Ao mesmo tempo, nem toda crítica por natureza tem o objetivo de ofender, sendo elas em muitos casos uma forma eficaz de identificarmos nossos erros e imperfeições.mórmons não debatem

Ao compartilhar o que acredita, mantenha uma postura positiva e um discurso cortez em TODAS as situações. Críticos hostis não se importam com a veracidade do argumento que utilizamos ou falsidade de seus argumentos. Em algumas situações, a intenção é atacar simplesmente para atacar, e nesses casos, não existe argumento no mundo que os convencerá do contrário. Perder a linha e partir para a agressão verbal não apenas é perda de tempo como contrário à abordagem pacífica que aprendemos no Evangelho. Se a crítica realizada tiver fundamento, não tenha medo de validá-la ou assumir seus/nossos erros. Errar é uma etapa natural de quem busca a perfeição, seja para o membro, profeta ou para a Igreja como instituição. Agir de maneira honesta intelectualmente fortalece nossa posição de que não vivemos em uma bolha ou conto de fadas, que reconhecemos nossas limitações como religião e nesse caso, o resultado final será a edificação de uma opinião sincera e não maqueada.

5. Questione. Questione. Questione.

Procure desenvolver o hábito de questionar de maneira saudável qualquer informação que receber sobre qualquer assunto. Muito do que se diz contra a Igreja ou Evangelho é boato, fora do contexto, exagerado, generalizado, falso e em alguns casos, simplesmente verdade. Cabe a você analisar a informação de maneira sincera, pesquisar e extrair a verdade por trás das palavras. Alguns dos exemplos mencionados incluem:

* Boato: “Joseph Smith disse que a lua era habitada” (relato de terceira mão)… “Joseph Smith era isso, isso e aquilo” (Relatos históricos de pessoas que atacaram a moral do profeta sem jamais terem o conhecido pessoalmente”
* Falso: “Mórmons podem ter várias esposas”… “Mórmons não são Cristãos”… “Mórmons não acreditam na Bíblia”
* Exagero: “Brigham Young teve 400 mulheres”… “Tudo o que é dito por um profeta é oficial”
* Fora do contexto: “Joseph Smith ‘casou-se’ com uma adolescente”…
* Verdade: “Mórmons acreditam em uma Mãe Celestial”… “Mórmons acreditam que a Bíblia não é o único volume de escritura”… “Mórmons são bonitos e gente boa” 🙂

6. Ser um exemplo no meio virtual

Certa vez presenciei um indivíduo em um debate assíduo sobre um tópico religioso. Ao clicar em seu perfil fiquei surpreso ao ver alguém que se dizia “religioso” com fotos inapropriadas, postagens com intolerância política, sarcasmo, hostilidade e uma série de outros problemas comportamentais que reduziam às cinzas toda a veemência e credibilidade que ele procurava construir com suas palavras na discussão.Celular Internet Jovem Pornografia

Não importa o quão sincera seja sua opinião e o quão verdadeiro seja o que compartilha, se seu comportamento rotineiro em redes sociais for negativo ou inapropriado, você estará fazendo um desserviço à fé que com palavras você procura defender. Imagine a reação de um amigo não membro acostumado com o comportamento inapropriado de fulano ao descobrir que ele é um membro da Igreja após fulano compartilhar conteúdos SUD ou comentar em assuntos de teor espiritual. O resultado sempre será um desastre.

Procure agir no meio virtual de maneira a jamais poder ter sua integridade ou fé questionada quando decidir abrir a boca sobre assuntos espirituais.

| Para refletir
Publicado por: Luiz Botelho
Luiz Botelho serviu na Missão Santa Maria e atualmente mora em Provo-Ut. Estuda Antropologia na Utah Valley University e descobriu na Ciência, História, Filosofia e Teologia sua verdadeira paixão. Atualmente trabalha voluntariamente como Diretor Internacional da FairMormon, é autor do Interpretenefita.com e um dos Diretores da More Good Foundation no Brasil.
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