Sobre Usar Barba Antigamente (e Por Que os Missionários e Profetas Não Usam Mais)

Do estilo de barba mosca (que deixa apenas um pouco de barba abaixo do lábio inferior), passando pelo estilo chin curtain (no qual a barba segue o formato do maxilar) até a barba cheia, se os homens na Igreja devem deixar a barba crescer ou não tem sido tópico de discussão durante as últimas décadas.

Mas a luta contra os pelos faciais nem sempre foi como é hoje.

A Barba de Brigham Young é Referência

Com Brigham Young no posto nº 18 na lista de “25 Barbas Mais Influentes de Todos os Tempos” da time.com, fica bem claro que houve uma época na qual os líderes mórmons ostentavam barbas épicas e que não havia nada que proibisse os homens mórmons de servir missão ou frequentar a BYU por usar barba.

Na verdade, o visual de rosto lisinho e barbeado que é observado nas normas de vestuário e aparência da BYU, dos missionários, dos oficiantes do templo e da maioria dos líderes da Igreja, não era muito popular até os anos 60.

Alguns dos primeiros missionários até receberam pedidos para deixar a barba crescer. Antes de o Presidente Heber J. Grant ser chamado para presidir as Missões Britânica e Europeia em 1903, seu antecessor, o Élder Francis M. Lyman, pediu a todos os missionários da área que deixassem a barba crescer porque “o pelo facial era sinal de dignidade” (Journal of Mormon History: Vol. 14: 1ª edição, Artigo 1).

A norma relacionada à barba só passou a existir em 1951, quando o Presidente David O. McKay tornou-se o primeiro profeta desde Joseph Smith a manter um visual de rosto totalmente barbeado.

Rosto Barbado x Rosto Lisinho

Durante o tempo do Presidente McKay como o líder da Igreja, o visual barbado não representava mais um “sinal de dignidade” como representava no passado.

Como resultado, a BYU acrescentou às normas de vestuário e aparência uma proibição de usar barba parcial ou cheia no campus durante a década de 70, de acordo com um artigo do The Daily Universe.

O Élder Dallin H. Oaks, que era o presidente da BYU em 1971, fez um discurso a 25.000 alunos da BYU e afirmou que não há nada implicitamente errado em deixar barba ou pelos faciais, mas, nas palavras dele na época do discurso “muitas pessoas hoje em dia acreditam que barba e cabelo comprido estão associados com protesto, revolução e rebelião contra a autoridade.

Eles também são símbolos da cultura dos hippies e usuários de drogas. As pessoas que usam barba ou cabelos compridos, quer queiram, quer não, podem ser identificados entre os que apoiam ou imitam a cultura daqueles que usam drogas ou que estão engajados nas práticas extremas daqueles que já usaram” (Élder Dallin H. Oaks, “Padrões de Vestuário e Aparência”, New Era).

Usar Barba Hoje

Hoje, é permitido aos alunos da BYU que deixem crescer o bigode, mas não a barba, a menos que seja por motivos médicos, teatrais ou religiosos. Os missionários também não têm permissão de usar pelo facial, a menos que autorizados pelo seu presidente de missão. Embora não haja orientações específicas sobre os pelos faciais nos manuais de instrução da Igreja, os líderes masculinos da Igreja e os oficiantes do templo também geralmente permanecem bem barbeados.

Embora a mudança para a política sem barba para missionários e alunos da BYU seja relativamente recente na história da Igreja, o porta-voz da Igreja, Eric Hawkins, disse ao USA Today em 2015 que as normas da Igreja mudam de tempos em tempos e “refletem as normas culturais que existem em diferentes partes do mundo em diferentes épocas”.

Usar Barba Amanhã

Contudo, há uma chance de que as barbas em suas formas possam mais uma vez tornar-se popular entre os líderes e oficiantes do templo mórmons.

Como o Élder Oaks afirmou em seu discurso na BYU em 1971 sobre a proibição da barba, “as regras estão sujeitas a alterações e eu ficaria surpreso se elas não sofressem alterações em algum momento no futuro”.

Fonte: LDSLiving.com

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Saiba mais sobre o uso de barba na cultura mórmon.

https://mormonsud.net/artigos/vida-mormon/cultura-mormon/mormons-podem-ter-barba/

https://mormonsud.net/a-igreja-de-jesus-cristo/barba-e-o-evangelho/