fbpx

A Revolução Que Se Aproxima Dentro do Mormonismo

Ultimamente tive experiências on line e offline que me levaram a acreditar que uma revolução se aproxima dentro do Mormonismo. Essa revolução não será contra Profetas e Apóstolos. Não será contra a história ou doutrina, e não irá enfraquecer os princípios fundamentais sobre os quais esta Igreja foi inicialmente edificada. Não… essa revolução será contra nossa cultura… e tudo o que ela implica. Essa revolução será contra aqueles que julgam, aqueles que odeiam, e aqueles que se recusam a ver além de seu estreito, extravasado e clichê ponto de vista. Essa será uma revolução de Amor.

Você consegue se lembrar do que estava acontecendo em Israel momentos antes de Cristo entrar em cena? Israel havia começado a viver por seu próprio conjunto de tradições e leis orais, ou ao que hoje nos referimos de “cultura”. Com o advento de Cristo, a cultura de Israel era uma das mais hipócritas e que mais julgava que o mundo já conheceu. Mas Cristo apareceu e jogou uma rede sobre todos os tipos de pessoas. Os Gregos, Romanos, Samaritanos, e todas as outras nações ao redor do globo. Sua rede cobriu mesmo o pior de todos os pecadores. Os únicos que estavam exclusos ou banidos eram a elite impenitente… os “escribas, fariseus, e hipócritas” que “coavam um mosquito e engoliam um camelo”. Foi Cristo quem trouxe a revolução do amor, empatia e compaixão. Ele edificou uma cultura que era ligada por aqueles que eram mansos de coração e revoltados contra quem gastava sua vida apontando as falhas nos outros. “Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e toda imundície. (Mateus 23:27). A maioria de Israel estava vivendo de acordo com sua cultura e superstições. Foi o banimento de toda e qualquer sociedade de convênios que fez Joseph Smith dizer: “O que muitos chamam de pecado não é pecado; eu faço muitas coisas para quebrar superstições, e eu vou quebrá-las”. (History of the Church, 4:445 (7 November 1841). A doutrina desta Igreja não perde pessoas. Sua cultura e superstições é que causam contendas desnecessárias.

Consigo imaginar um tempo não muito distante, onde um gay, um homem hétero, um motociclista com o corpo todo tatuado, uma mulher fumante, um homem que bebe, um casal recém casado que tem dificuldades em pagar o dízimo, um membro previamente excomungado e agora recém batizado, um homem barbado usando jeans, e um missionário retornado viciado em pornografia, sentando-se juntos na mesma congregação, durante três horas na Igreja sem alguém julgando-os com os olhos ou com palavras. Será um tempo onde as gerações Mórmon fiéis honraram os dizeres que estão em cada uma das placas que representam a Igreja… “Visitantes são bem vindos”. Não somente os visitantes sem pecados, pois Jesus disse que “os sãos não necessitam de médicos”, mas todo aquele que vier com sua última força diante da fraqueza que possuem. Será um tempo onde as famílias na congregação reconhecerão o quão difícil é para as pessoas voltarem para a Igreja depois delas sentirem que se distanciaram demais.

Nunca me esquecerei de andar até um estacionamento de trailers em Michigan e bater na porta de uma mulher que estava nos registros da Igreja mas que estava inativa pelos últimos 25 anos. Ela já estava casada e tinha um casal de filhos. Ainda lembro dela sentada na cadeira de balanço, chorosa nos cumprimentando e convidando para sentar-se com ela e seu marido. Você podia notar que ela foi devastada por anos de uso de drogas. Quando perguntamos se ela voltaria para a Igreja conosco, nunca esquecerei sua resposta: “nunca colocarei os pés na Igreja novamente. Fiz coisas demais. Deus não me quer na Sua casa nunca mais.”

Rapidamente abri em Alma 36, li algumas passagens sobre um profeta que esteve nas profundezas do inferno e voltou, e então assegurei a ela que ela não tinha ‘feito coisas demais’. Continuamos sentados… ela começou a chorar incontrolavelmente. Nos contou sobre uma vida de pecados diferente de tudo o que eu já havia ouvido antes… e disse enfaticamente: “DEUS NÃO ME QUER NA SUA CASA NUNCA MAIS.” Não é fácil para as pessoas voltarem para a Igreja depois de uma vida cheia de tormento mental e angustia por causa de seus pecados passados. Eles sabem que o fizeram foi errado. Não precisam de mais alguém para lembrá-los disso. Quando eles finalmente dão um passo em frente, há uma boa chance de que esses sejam os sentimentos no seu coração ao caminharem para a porta da capela: “Estou aqui porque preciso da ajuda do Salvador… e eu preciso da sua ajuda. Estou aqui por não tenho esperança, não tenho felicidade, não tenho família e nem amigos. Estou aqui porque cheguei ao fundo do poço e estou aqui porque as mãos misericordiosas do Salvador me guiaram para este caminho através do poder do Espírito Santo. Estou aqui porque a chama dentro de mim não foi completamente extinguida e espero e oro para que você coloque alguns gravetos nessa chama e não a extingua por completo com seu desdém por mim.”

Acredito que essa revolução produzirá um ambiente no qual as pessoas sempre se sentirão confortáveis ao entrarem na Igreja. Elas se sentirão em casa. Nunca sentirão que precisam estar se protegendo, nem se preocupando com o que a irmã fulana ou ciclana vai achar de sua roupa, ou o que o irmão fulano e ciclano vai pensar do fato de que ele voltou mais cedo de sua missão. Aqueles que se afastaram ainda jovens da Igreja se sentirão bem vindos quando decidirem voltar e curar suas feridas. Não precisarão sofrer a indignação dos outros baseado no tempo que se passou e nos pecados que já foram perdoados. A história passada de uma pessoa não significará nada para essa nova geração de santos. “Quem você é agora?!” é o que será perguntado, e não “Quem você foi?”

Me pergunto se as pessoas olharam para os filhos de Mosias e disseram… “Quem eles pensam que são? Como eles podem ser missionários? Como eles podem representar Cristo? Como eles podem aconselhar a Igreja quando eles eram vis pecadores?” Me pergunto se aqueles grandes missionários tiveram que pagar por seus pecados com seus contemporâneos mesmo esses pecados já tendo sido pagos no passado? Por causa da habilidade desses jovens de sobrepujar o passado, eles podem ter sido os únicos Nefitas vivos que eram dispostos e capacitados a causar um impacto naqueles miseráveis Lamanitas. Pessoas que enfrentaram grandes desafios na vida ou cometeram grandes erros e possuem boa vontade para ter a oportunidade de simpatizar com outras pessoas, são capazes de alcançar pessoas como aqueles Lamanitas hostis que pensávamos que nunca poderiam ser alcançados. E tudo isso gira em torno do amor. Amor que é passado de um para outro e outro. Uma mão estendida, um braço ao redor dos ombros, ou uma fervorosa oração a favor de um indivíduo que tem passado pelas batalhas da vida. Nossa cultura precisa de um reboot ou recomeço. Precisamos zelar uns pelos outros ao invés de ser como os chorões na parábola dos trabalhadores da vinha contada por Jesus.

Um dos mais influentes Missionários Sêniores com o qual eu servi durante minha missão, uma vez me disse que ele amava o cheiro de álcool e tabaco na Igreja. Ele disse: “é o cheiro da mudança”. Tem alguém sentado naquele banco tentando livrar-se de um hábito, aprendendo sobre Cristo, e esperando por um amigo para tirar sua cabeça daquele vício… e ainda assim alguns de nós irão se mudar para o banco mais distante e simultaneamente dizer coisas que o depreciarão. “Isso é ruim! Isso é errado! Como as pessoas podem fazer isso e aquilo! Como! Como! Como!” E a vergonha volta à tona para aquela alma penosa ao caminharem de volta para suas casas.

Vejo um lugar onde as pessoas estudarão em grupo novamente para proverem lugares para ajudar aqueles que precisam de amigos para falar sobre as coisas que eles ouviram na internet e nas redes sociais. Vejo um lugar onde as pessoas ajudam umas as outras, fazem perguntas, resolvem problemas, e falam francamente sobre coisas que lhes causam dificuldade na vida e na Igreja. Vejo uma época em que “Professores Visitantes” serão chamados apenas de “Ministradores” e mais lições girarão em torno do amor e não de números. Vejo uma época onde “amizade” será substituída por “parcerias” e onde o puro amor é um motivador mais forte que a culpa.

Acredito que essa revolução irá produzir pessoas que não fazem uma lista do que fazer e não fazer no Dia do Senhor… em seguida analisando outros em seus próprios padrões e listas. Acredito que veremos as reuniões da Igreja serem diminuídas em 50% do tempo e a eficiência dessas reuniões aumentadas em 50%. Gastaremos menos tempo atrás de portas fechadas nos reunindo e discutindo sobre todas as coisas que deveríamos estar fazendo, e mais tempo ministrando à órfãos e viúvas. Voltaremos à verdadeira religião e eliminaremos qualquer vestígio de religião programática ou metódica.

Membros aumentarão novamente seu estudo pessoal das escrituras. Missionários começarão a memorizar escrituras para que haja água em seu poço. E chamados não serão vistos como promoções onde parabéns são devidos. Qualquer forma de ostentação morrerá com essa revolução durante a ascendência da maior geração de santos que este mundo já viu.

Espero que essa revolução aconteça rapidamente… porque este mundo está precisando de amor… e este amor precisa partir de Sião.

Artigo originalmente publicado no site GREGTRIMBLE.COM e traduzido por Rafael Sales.

https://mormonsud.net/inspiracao/o-motivo-pelo-qual-nenhuma-revolucao-se-aproxima-do-mormonismo/

| Para refletir
Publicado por: Rafael Sales
Natural de Santarém-Pa, hoje moro em Fortaleza-Ce. Servi na Missão Campinas. Sou apaixonado por conhecimento! Especialmente sobre o Evangelho. Adoro as coisas simples da vida. Trabalho com Finanças mas leio sobre Humanas. Adoro empreender e servir. Amo muito minha Família.
Príncipe da Paz - #PRÍNCIPEdaPAZ
#PRÍNCIPEdaPAZ - Igreja lança novo vídeo da campanha de Páscoa
versículos do Livro de Mórmon
5 Poderes que Você Tem Como um Literal Filho de Deus

Comente

Seu endereço de e-mail não será divulgado. Os campos obrigatórios estão marcados com *